Santa Casa de Misericórdia se mobiliza para esclarecer sobre falta de recursos federais

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 26/06/2015 às 10:49

medico Objetivo é esclarecer os efeitos sofridos pelas instituições filantrópicas que atendem os usuários SUS (Foto: Free Images)

Nesta segunda-feira (29/6), a Santa Casa de Misericórdia do Recife estará mobilizada para o Movimento Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é esclarecer a população sobre a falta de recursos federais sofrida pelas instituições filantrópicas que atendem os usuários da rede pública de saúde.

Na ocasião, uma equipe da instituição esclarecerá os pacientes e acompanhantes do hospital sobre a crise enfrentada pelo setor. O movimento terá ainda outras duas mobilizações, que acontecem nos dias 13 de julho e 4 de agosto.

Segundo a Santa Casa de Misericórdia do Recife, os repasses financeiros do governo federal voltados à saúde continuam defasados, o que vem provocando a crise no setor há anos. Para a instituição, neste ano, a saúde vem sofrendo ainda mais por causa do contingenciamento do Governo Federal na ordem de quase R$ 12 bilhões, uma redução significativa de 11,33% para o setor.

De acordo com o superintendente da Santa Casa de Misericórdia, Fernando Costa, os valores recebidos pelo SUS não cobrem as despesas. “Para se ter ideia, numa consulta ambulatorial, o SUS repassa R$ 10. Já para um raio-x, a média é de R$ 8,08. Para uma mamografia o valor não ultrapassa os R$ 45. Para pequenas cirurgias, como retiradas de sinais, lipomas e cisto sebáceo, o repasse é de R$ 158,11. Esses são alguns exemplos de procedimentos que não se pagam. Queremos sobreviver diante desse cenário, mas está cada dia mais difícil”, analisa Fernando.

Segundo dados da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Pernambuco (FEHOSPE), as instituições filantrópicas do Estado são responsáveis por aproximadamente 300 mil atendimentos/mêsS. “Por isso, a importância da valorização e reajuste urgente da tabela SUS, que está congelada há anos”, concluI Fernando Costa.