Violência contra a mulher: Serviço Wilma Lessa faz 14 anos com 7,5 mil atendimentos

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 22/06/2015 às 12:01

Serviço registrou atendimento de 331 casos de violência sexual contra as mulheres em 2014 (Foto: Free Images) Serviço registrou atendimento de 331 casos de violência sexual contra as mulheres em 2014 (Foto: Free Images)

Mulheres entre 20 e 34 anos totalizam 45% do público que procura o Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, iniciativa especializada no atendimento de saúde de casos de violência contra o público feminino. Localizado no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), no Recife, o espaço completa 14 anos de funcionamento nesta segunda-feira (22/6) e realiza cerca de 160 atendimentos por mês, entre primeiros cadastros, retornos e reincidências.

O segundo público que mais procura o serviço é formado por mulheres entre 15 e 19 anos; 35 e 49 anos (18% cada). De 10 a 14 anos, a representatividade é de 12% dos casos. Funcionando 24 horas por dia, o serviço realizou mais de 7,5 mil atendimentos desde o início do seu funcionamento.

O local conta com uma equipe multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, que auxiliam o público feminino em caso de violência sexual, física ou moral. Em 2014, a maioria dos casos foi de violência sexual, totalizando 331 atendimentos. Já a violência física totalizou 134.

“No momento em que a mulher chega, ela é recebida por uma assistente social, responsável pelo acolhimento. Depois, ela é encaminhada ao médico e enfermeira, como também à psicóloga de plantão. Na consulta, verificam-se os protocolos necessários para cada tipo de caso. É importante ressaltar ainda que todo o atendimento garante o sigilo da paciente e que são realizadas as orientações caso ela queira denunciar o ocorrido na esfera criminal”, afirma o coordenador do Wilma Lessa, Arlon Silveira.

Quando o atendimento é relacionado à agressão sexual, por exemplo, o protocolo inclui o uso de contraceptivo de emergência, do coquetel para DST/HIV, exames subsequentes e, se necessário, o aborto previsto em lei. Todas as medidas são rigorosamente analisadas pelos médicos e equipe de plantão. Em caso de violência física, a mulher pode ser atendida na emergência do Hospital Agamenon Magalhães ou, se necessário, ela será encaminhada a outra unidade.

PERFIL – De acordo com levantamento do Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, 45% das mulheres atendidas no espaço têm entre 20 e 34 anos. Em seguida vem o público entre 15 e 19 e 35 e 49, com 18% cada. De 10 a 14 anos, a representatividade é de 12% dos casos.