Especialista dá dicas para aliviar ansiedade e medo em relação a cuidados com o bebê

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 02/06/2015 às 16:10
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Diante de qualquer contratempo, as mães devem manter a calma, pois um ambiente calmo contribui para o bebê ficar tranquilo (Foto: Arquivo pessoal) Diante de qualquer contratempo, as mães devem manter a calma, pois um ambiente calmo contribui para o bebê ficar tranquilo (Foto: Arquivo pessoal)

É muito comum a mãe de primeira viagem lidar com medos e angústias durante os primeiros meses do pós-parto, período em que ela precisa se adaptar a uma rotina que inclui cuidados com o bebê e com a nova dinâmica familiar. "Muitas mães têm questionamentos e nem sempre são apenas as de primeira viagem, já que cada bebê é um universo novo. O que podemos dizer para tranquilizá-las é que, com a convivência, elas realmente começam a identificar as necessidades e atendê-las prontamente, já que o choro é a principal forma de comunicação”, diz a enfermeira Sabrina Farias, coordenadora de enfermagem da maternidade do Hospital Esperança Recife.

Ela ministra diversos cursos e palestras, além de ensinar às mães, ainda na maternidade, como realizar corretamente a limpeza do umbigo do recém-nascido e o que fazer para aliviar cólicas. “Sem dúvida, a cólica está entre os maiores temores das mães. No entanto, esse incômodo, quando aparece, é considerado um processo natural do desenvolvimento gastrointestinal da criança e dura cerca de três a quatro meses”, tranquiliza Sabrina.

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O fundamental, nesses casos, é manter a calma diante do choro, pois um ambiente calmo contribui muito para o neném ficar mais tranquilo. “Um banho morno com o bebê em posição fetal e massagens na barriga em sentido horário aliviam as dores”, diz a enfermeira.

Com relação ao coto umbilical (aquele pedacinho que resta do cordão após o parto), a limpeza deve ocorrer com um cotonete embebido em álcool a 70%, que é facilmente encontrado em farmácias. Não se deve usar gaze ou qualquer outro material para cobrir o coto. Naturalmente, ele vai endurecer e cair. “Geralmente, ele cai em até 20 dias, e a cicatrização ocorre em cerca de uma semana. Em alguns casos, esses prazos podem se estender. Se não houver inflamação, contudo, não é necessário se preocupar”, informa.

A enfermeira também dá dicas importantes sobre a hora do banho. O ambiente deve ser tranquilo e livre de correntes de ar. “Coloque todo o material necessário para a higiene em local próximo, mas fora do alcance do bebê. E aproveite o momento para tocá-lo, massageá-lo e conversar com ele, pois isso fortalece o vínculo entre os dois”, orienta.

E para que o bebê tenha um sono tranquilo, qual a melhor posição? “O ideal é colocá-lo de lado ou de barriga para cima. Isso evita a asfixia no travesseiro e o engasgo”, diz. Ainda em relação ao sono, evite o uso de colchões muito macios, mantas e cobertores fofos – itens que também podem causar sufocamento.

Também não podemos deixar de falar sobre o aleitamento materno, tão importante para o desenvolvimento do bebê. “Para uma amamentação de sucesso, a mãe precisa ter vontade e a decisão de querer amamentar. Além disso, é importante que ela seja assistida e amparada pelo companheiro, por parentes e pela equipe de saúde, que irá orientá-la e fazê-la se sentir segura, pois muitas têm medo de não conseguir amamentar”, ressalta Sabrina Farias.

De qualquer forma, é bom saber que podemos contar com o nosso instinto materno. E mais: mães infalíveis não existem na vida real. Precisamos aceitar as próprias limitações e saber que errar faz parte de qualquer processo de aprendizagem.