Mulheres são as mais afetadas pelo lúpus

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 16/05/2015 às 12:56

Imagem de médico escrevendo em prancheta (Foto: Free Images) Diagnóstico é feito por meio de análise médica, exames laboratoriais e de imagem (Foto: Free Images)

Mulheres, principalmente entre 20 e 45 anos, são as mais acometidas pelo lúpus eritematoso sistêmico, uma doença inflamatória crônica de origem autoimune. "Há dois tipos principais de lúpus: o cutâneo e o sistêmico. No cutâneo, apenas a pele é atingida pela inflamação. Já no sistêmico, um ou mais órgãos internos podem ser afetados", explica o reumatologista Levi Jales Neto, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. O problema pode se manifestar de forma lenta e progressiva ou mais rapidamente.

Ainda segundo o especialista, os órgãos mais acometidos pelo lúpus sistêmico são as articulações, pele, rins, nervos, cérebro e membranas que recobrem o pulmão (pleura) e o coração (pericárdio). “As dores e inchaços nas articulações aparecem em 90% dos pacientes com lúpus. As lesões de pele ocorrem em 80% dos casos e são caracterizadas por manchas avermelhadas, principalmente nas partes do corpo com maior exposição solar, como rosto e colo. A inflamação nos rins ocorre em 50% dos casos e é uma das que mais preocupam, pois pode levar à insuficiência renal, se não tratada precocemente”, alerta.

O diagnóstico é feito por meio de análise médica, exames laboratoriais e de imagem. Se o paciente apresentar quatro dos 11 itens descrito na lista com critérios clínicos a serem avaliados, é caracterizado o lúpus. No entanto, para se confirmar a doença, é preciso realizar exames, o que auxilia a identificar se há ou não sinais da doença nos órgãos.

Após a comprovação da doença, o especialista indicará, de acordo com o grau e tipo de lúpus, o tratamento mais adequado. "De maneira geral, são receitados medicamentos imunossupressores que fazem com que o organismo reduza a produção de anticorpo que gera a inflamação", explica Levi.