Tese de doutorado desmistifica malefícios da carne suína

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/05/2015 às 12:00

Imagem de porcos em criadouro (Foto: Edmar Melo / JC Imagem) Trabalho consistiu na inclusão do farelo de acerola, uma fonte de fibra, na alimentação de suínos, que reduziu teores de ácidos graxos (Foto: Edmar Melo / JC Imagem)

A tese de doutorado Farelo de Acerola em Programa de Restrição Alimentar para Suínos Pesados, defendida pelo zootecnista Fabricio Rogério Castelini na Universidade Estadual Paulista (Unesp), demonstrou resultados que desmistificam os malefícios da carne suína e podem contribuir para o aumento do seu consumo.

O trabalho consistiu na inclusão do farelo de acerola, uma fonte de fibra, na alimentação de suínos. Após abater os animais, o pesquisador avaliou as carcaças e descobriu que os animais que receberam o farelo apresentaram reduções nos teores dos ácidos graxos saturados, com destaque para o mirístico e palmítico. Estes ácidos graxos estão relacionados com o desenvolvimento de mudanças degenerativas nas paredes das artérias, e seu consumo demasiado pode provocar doenças cardiovasculares.

Outro ponto revelado foi o aumento teores dos ácidos graxos ? linolênico (C18:3n3) e linoleico conjugado (CLA), popularmente conhecidos como ômega 3 e 6. A ingestão do ômega 3 auxilia na diminuição dos níveis de triglicerídeos e colesterol ruim (LDL), enquanto pode favorecer o aumento do colesterol bom (HDL).

O trabalho teve a coordenação da professora Maria Cristina Thomaz, docente do Departamento de Zootecnia da Unesp de Jaboticabal e financiada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).