Consórcios procuram novos fármacos para doenças negligenciadas

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 05/05/2015 às 18:00

célula-600 Célula infectada por Plasmodium Vivax, protozoário causador da malária (Wikimedia Commons)

Da Agência Fapesp

As indústrias farmacêuticas vêm aumentando a participação no desenvolvimento de novos fármacos ou de novas formulações já existentes para o tratamento de doenças negligenciadas, como malária, dengue e Chagas. Uma das principais razões para isso, segundo especialistas na área, são consórcios capitaneados por organizações internacionais sem fins lucrativos, como a Drugs for Neglected Diseases initiative (DNDi) e a Medicines for Malaria Ventures (MMV).

As duas organizações financiam as etapas mais caras de desenvolvimento de novos fármacos – a descoberta de moléculas e testes pré-clínicos e de toxicidade –, realizadas em universidades e instituições de pesquisa em diferentes países, incluindo o Brasil. Em contrapartida, as companhias farmacêuticas podem entrar nas fases de ensaios clínicos e produção em larga escala, diminuindo, dessa forma, o tempo necessário para o desenvolvimento de novos tratamentos para doenças típicas de países em desenvolvimento.

“O processo de pesquisa e desenvolvimento de um novo medicamento pode chegar a 15 anos”, disse Luiz Carlos Dias, professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em um painel sobre saúde durante a FAPESP Week Buenos Aires, realizada entre os dias 7 e 10 de abril na capital argentina pela FAPESP em parceria com o Consejo Nacional de Investigaciones Científicas (Conicet).

“Um dos objetivos de organizações internacionais, como a DNDi e a MMV, é diminuir esse prazo para o desenvolvimento de novos tratamentos para doenças negligenciadas para sete ou oito anos”, disse Dias, que também é coordenador do Laboratório de Química Orgânica Sintética da Unicamp.

Leia a matéria completa no site da Agência Fapesp.