Exposição constante a barulho excessivo pode levar a perda auditiva prematura

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 29/04/2015 às 12:03

O uso de headphones requer cuidados em qualquer faixa etária. Exposição a volumes altos na infância, inclusive, pode levar à perda auditiva prematura (Foto: Free Images) O uso de headphones requer cuidados em qualquer faixa etária. Exposição a volumes altos na infância, inclusive, pode levar à perda auditiva prematura (Foto: Free Images)

Cerca de 110 milhões de pessoas no mundo estão expostas diariamente a níveis de ruídos que podem levar ao desenvolvimento de doenças. Esse é o alerta que especialistas fazem hoje (29/4) no Dia Internacional da Conscientização Sobre o Ruído, ocasião em que profissionais de saúde de vários países se reúnem com o objetivo de alertar as pessoas sobre os efeitos nocivos do barulho excessivo no dia a dia, seja no trabalho ou nas atividades de lazer.

Entre as consequências da exposição a sons indesejáveis por tempo prolongado, está a perda auditiva induzida por ruído. De acordo com a fonoaudióloga Cristina Batista, da Menthel Siemens, diante do ruído intenso com exposição é contínua, estamos sujeitos a desenvolver alterações estruturais na orelha interna, que determinam a ocorrência da perda auditiva.

“É importante ressaltar que esse problema possui característica irreversível e que possui um maior prejuízo nos sons agudos do que nos sons graves. A pessoa com perda auditiva tende a apresentar dificuldades principalmente na discriminação de fala”, destaca Cristina. O uso de headphones, por exemplo, requer cuidados em qualquer faixa etária. Exposição a volumes altos na infância, inclusive, pode levar a perda auditiva prematura.

Trabalhadores que atuam nas áreas de siderurgia, metalurgia, gráfica e têxteis estão mais sujeitos ao problema, que tem como queixas (além da perda auditiva) cefaleia, tontura, irritabilidade e problemas digestivos. Os efeitos nocivos do barulho excessivo também podem aparecer diante da exposição constante a altos volumes de televisões, headphones e rádios.

A fonoaudióloga também destaca a relação do ruído com o zumbido. “Em muitos casos, são problemas que estão associados. O zumbido geralmente o primeiro sintoma relatado pelos pacientes. É caracterizado por um barulho insistente, que se assemelha ao som de um apito ou chiado. Com o tempo e a falta de um diagnóstico preciso, o zumbido compromete a qualidade de vida, pois pode levar a casos de ansiedade e até depressão”, explica Cristiana.

A perda auditiva, em muitos casos, tem como tratamento o uso do aparelho auditivo, que permite uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes.