Gestantes com asma devem receber atendimento especializado

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 20/04/2015 às 8:00
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Gestantes com asma devem receber tratamento adequado para evitar complicações (Foto: Free Images) Gestantes com asma devem receber tratamento adequado para evitar complicações (Foto: Free Images)

O Ambulatório de Asma na Gravidez do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE) se consolida como referência no Estado no tratamento e diagnóstico dessa doença respiratória durante a gestação. Criado em 2010, de forma pioneira no País, o objetivo do serviço é minimizar os desconfortos das gestantes com asma, a fim de minimizar os desconfortos da paciente e evitar problemas como a pré-eclâmpsia, a prematuridade e o baixo peso do feto – complicações que podem ocorrer quando a asma não é controlada durante o pré-natal.

"Muitos profissionais de saúde têm medo de lidar com as medicações utilizadas durante o tratamento e acabam orientando a suspensão da terapia, o que gera um prejuízo no quadro clínico das pacientes”, ressalta a obstetra do HC/UFPE Aline Maranhão. Ela e a também obstetra Debora Farias coordenam o ambulatório, que tem uma média de 50 consultas mensais.

As gestantes que já possuem diagnóstico prévio de asma ou que apresentam sintomas de cansaço sugestivos da doença podem ser atendidas no ambulatório. Para isso, é necessário solicitar um encaminhamento no pré-natal de origem (como posto de saúde) e comparecer no dia de funcionamento do ambulatório para agendamento da consulta. O Ambulatório de Asma na Gravidez funciona às segundas-feiras, a partir das 13h, no 2º andar do HC/UFPE.

O diferencial da clínica é o atendimento específico que não visa apenas a doença pulmonar, mas também a gestação da paciente. “Antes de ser um ambulatório direcionado à asma, deve-se lembrar que o atendimento é realizado em mulheres grávidas. Então, além do acompanhamento da asma, com avaliação do controle da doença e ajuste do tratamento, também são realizadas avaliações-padrão da consulta de pré-natal, como medida de pressão arterial, altura do útero e ausculta dos batimentos cardíacos fetais”, finaliza Debora.