Praticar atividade física é essencial para prevenir osteoporose
Cerca de 66 mil casos de fratura de quadril por osteoporose devem ser registrados neste ano no Brasil. É o que prevê o Estudo Brasileiro de Validação em Osteoporose (Bravos), inédito no Brasil. Produzida com o objetivo de mapear a incidência de uma das consequências mais graves da osteoporose entre os idosos no País, que são as fraturas de quadril, a pesquisa é um dos destaques do 6º Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo (Bradoo), que termina nesta segunda-feira (20/4), em Curitiba.
"A partir desse estudo, vamos elaborar métodos de prevenção cada vez mais eficazes para um problema que, como se sabe, pode deixar pessoas, já a partir dos 50 anos de idade, paraplégicas e sujeitas a uma série de complicações capazes de reduzir consideravelmente a expectativa de vida", diz o reumatologista Cristiano Zerbini, da comissão científica da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). Ele elaborou o Bravos, ao lado da presidente da instituição, Vera Szejnfeld.
"As fraturas de quadril estão entre os problemas de saúde mais onerosos para o Sistema Único de Saúde atualmente, pois exigem uma série de cuidados e, quase sempre, são irreversíveis", acrescenta Zerbini.
De acordo com o estudo, o principal fator para as fraturas osteoporóticas no País é a idade avançada – o risco já existe a partir dos 50 anos. Segundo a pesquisa, após os 50 anos, o risco de fraturas em mulheres aumenta 50% e, em homens, de 20% a 25%. “Vale lembrar que a expectativa de vida no Brasil está aumentando. Estimamos que em 2050 o Brasil deverá ter cerca de 34,3 milhões de pessoas com mais de 70 anos, o que deve gerar um aumento considerável nos casos de fratura de quadril por causa da osteoporose”, avalia Zerbini.
Para reverter essa situação, ele reforça quie é preciso iniciar um trabalho de prevenção o quanto antes entre os idosos. "É importante incentivá-los a adotar um estilo de vida saudável, a praticar exercícios físicos e a manter uma alimentação rica em cálcio e vitamina D. Tambémd devem desenvolvam o hábito de tomar sol de 15 a 20 minutos por dia, ao menos três vezes por semana, de preferência entre 10h30 e 15h”, aconselha o reumatologista.
