Embalagens de lata lideram ranking de acidentes de consumo, diz Inmetro

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 18/04/2015 às 6:00

Registros de acidentes com embalagens de lata superam os relatos com fogões (Foto: Reprodução) Registros de acidentes com embalagens de lata superam os relatos com fogões (Foto: Reprodução)

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) divulga os resultados da primeira pesquisa nacional sobre o perfil dos acidentes de consumo no Brasil, cujo objetivo é identificar produtos e serviços que oferecem mais risco à saúde e à segurança dos consumidores. Acidentes com embalagens de lata lideram as estatísticas, com 14,6%. Em seguida, vêm os registros com fogões (11,5%) e escadas domésticas (3,8%).

Quando classificados por grupos de produtos, eletrodomésticos, com 23,8%, despontam como o que apresentam maior risco à saúde e à segurança do consumidor. Em segundo lugar, vem embalagem (19,2%), seguida de utensílio doméstico, com 13,1%.

Um acidente de consumo ocorre quando um produto ou serviço prestado provoca dano ao consumidor, mesmo quando utilizado ou manuseado de acordo com as instruções de uso fornecidas pelo fornecedor. A recomendação é que o consumidor relate o acidente no Sinmac, banco de dados que monitora esse tipo de acidente.

Consumidores de todo o Brasil participaram da pesquisa e relataram os casos mais frequentes de acidentes com produtos. "Ainda que os dados encontrados reflitam os números do Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidente de Consumo, eles representam uma realidade que vamos acompanhar de perto, através de pesquisas pontuais, como forma de avaliarmos ações de melhoria rapidamente", diz o assistente da Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro, Paulo Coscarelli.

Entre essas ações, estão a criação e o aperfeiçoamento de regulamentos técnicos, a realização de campanhas de conscientização e as interações com o setor produtivo, a fim de tornar os produtos mais seguros e competitivos.

Segundo a pesquisa, do total de acidentes registrados pela pesquisa, 27,7% levaram as vítimas a procurar atendimento médico. Além disso, 16,2% dos consumidores tiveram que se ausentar no trabalho. Das lesões relatadas, as principais foram cortes (33,5%) e queimaduras (19,6%).

"O grande desafio do Brasil é ser capaz de quantificar o impacto dos acidentes de consumo no sistema de saúde", complementa Coscarelli.