UPE realiza programação para marcar Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 13/04/2015 às 19:00

foto-chagas-600 Programação acontecerá na Casa do Portador de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife

A Universidade de Pernambuco (UPE) realiza, através do Ambulatório de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca do Pronto Socorro Cardiológico da instituição (Procape), programação nesta terça-feira (14) para marcar o Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas. Entre as atividades, previstas para iniciarem por volta das 10h na Casa do Chagásico, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, panfletagem com orientações sobre a doença, café da manhã com os pacientes atendidos no ambulatório e bazar para arrecadação de verbas.

O evento também é promovido pela Associação dos Portadores de Doença de Chagas, Insuficiência Cardíaca e Miocardiopatia de Pernambuco (APDCIM/PE), ONG mais antiga da UPE e a primeira do mundo dedicada aos pacientes chagásicos. Com a missão de dar assistência àqueles que convivem com a doença, médicos cardiologistas, assistentes sociais, psicólogas, enfermeiras e nutricionistas esclarecem dúvidas dos pacientes semanalmente.

A organização é custeada por contribuição dos sócios além de doações diversas e eventos organizados com o intuito de arrecadação de recursos. Atualmente, a maior dificuldade da APDCIM é o aporte financeiro. Quem quiser colaborar com doações de alimentos, produtos de higiene pessoal, roupas novas ou usadas e medicamentos pode ligar para o telefone: (81) 2101-1441 / 3076-5746. Quem preferir pode, também, fazer doações em dinheiro, através de depósito bancário na seguinte conta: Banco Real (356), agência 1020, conta corrente 2.528.666-6.

As atividades acontecerão na Casa do Portador de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca, que fica na Rua Álvares de Azevedo, 220, no bairro de Santo Amaro.

DOENÇA

A Doença de Chagas, também conhecida como Mal de Chagas, acomete principalmente a população pobre - devido às condições de vida precárias. Causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi, é transmitido pelas fezes de um inseto (triatoma) conhecido como barbeiro.

Este inseto tem hábitos noturnos e vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, cascas de troncos de árvores e embaixo de pedras. A doença é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado. A transmissão para o ser humano ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo barbeiro penetram pela picada. Dentre os sintomas estão febre, mal-estar, aumento do fígado e do baço, inflamação e dor nos gânglios e vermelhidão.

No ambulatório de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca do Procape, o perfil dos pacientes atendidos se caracteriza por adultos, entre 30 e 50 anos, com predominância do sexo feminino, procedência rural, baixo nível socioeconômico, com precária formação escolar e profissional, o que não descarta a possibilidade ser acometida numa classe social mais elevada. "Procuramos dar atenção integral ao paciente, não apenas com ações de tratamento, mas com o enfoque biopsicossocial, dessa forma, a equipe precisa ser multidisciplinar", explica Wilson de Oliveira Jr., chefe e um dos fundadores do ambulatório.