A leucemia tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais (Imagem: Free Images)
Neste Dia Mundial de Combate do Câncer (8/4), aproveitamos para divulgar pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, a pedido da Janssen Farmacêutica. O levantamento revela que 20% da população brasileira ainda não sabem o que é leucemia. Doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), com origem geralmente desconhecida, tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), esse tipo de câncer acometeu 9.370 mil brasileiros em 2014. A pesquisa mostrou ainda que 50% das pessoas entendem que a leucemia é um tipo de câncer. Desse universo, 42% afirmam se tratar de um tipo de câncer de sangue, definição mais precisa sobre o que é a doença, e 8% dizem que é um câncer, mas não sabem dizer qual. Já 28% dos participantes identificam a leucemia como uma doença no sangue, mas não a relacionam ao câncer.
“A leucemia pode ser do tipo agudo, caracterizada pelo acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, ou crônica, que é um quadro definido pelo acúmulo de células maduras na medula óssea. Essas células podem substituir as células normais e levar aos sintomas da leucemia”, explica o hematologista no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, Guilherme Perini.
Em relação aos sinais que podem indicar leucemia, 51% dos brasileiros afirmam que os principais são perda de peso (26%) e queda de cabelo (25%). “Esses são sintomas mais relacionados ao tratamento quimioterápico, que é agressivo, do que à doença em si”, esclarece Perini.
No geral as leucemias apresentam sintomas como infecções recorrentes, sangramentos e dores nos músculos e articulações. Vale destacar que 45% dos brasileiros não sabem responder quais sintomas a doença apresenta. “No caso de alguns tipos da doença, como a leucemia linfoide crônica, o paciente pode até mesmo ser assintomático, e o diagnóstico ser feito por check-up. É sempre importante ter um acompanhamento médico, especialmente quando se trata de pessoas com mais de 65 anos”, reforça o especialista.
Terapêuticas
Quando perguntados sobre tratamentos existentes para leucemia, 64% dos brasileiros destacam a quimioterapia, 19% a radioterapia e 13% comprimidos orais. De acordo com o levantamento, 72% dos brasileiros concordam que a quimioterapia é agressiva e afeta a qualidade de vida do paciente, e 61% dizem preferir tomar comprimidos ao invés de fazer quimioterapia, caso tivessem leucemia e pudessem escolher o tratamento.
"Estamos em um ponto em que o diagnóstico de alguns tipos de câncer no sangue, como leucemia, deixou de ser uma sentença de morte, pois os novos tratamentos melhoram a forma como os pacientes convivem com a doença, com elevados índices de sobrevida", finaliza Perini.
