Dia de combate à tuberculose: saiba mais sobre a doença

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 24/03/2015 às 6:00
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Tuberculose Apesar do avanço nos tratamentos, a tuberculose ainda preocupa a medicina. Segundo a OMS, foram registrados 9 milhões de casos em 2013 (Foto: Marcos Pastich/Acervo JC Imagem )

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões. Causada por uma bactéria, também pode prejudicar ossos, rins e meninges. Para alertar sobre a importância do diagnóstico e tratamento da doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu, em 1982, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose como 24 de março - na época, em homenagem aos cem anos do descobrimento da bactéria causadora da doença, o bacilo de Koch, pelo médico Robert Koch.

Apesar do avanço nos tratamentos, a tuberculose ainda preocupa a medicina. Atualmente, ocupa o posto de segunda doença infecciosa que mais mata no mundo, atrás apenas da aids. Segundo a OMS, foram registrados 9 milhões de casos em 2013. Desse número, um total de 1,5 milhão de óbitos.

Os sintomas mais frequentes são tosse seca ou secreção por mais de três semanas, cansaço excessivo, febre baixa, emagrecimento acentuado e rouquidão. A transmissão é direta e ocorre de pessoa para pessoa, por pequenas gotículas de saliva expelidas ao falar, espirrar ou tossir. O tratamento é feito à base de antibióticos e dura de seis meses a um ano e meio.

Uma variação da doença, a tuberculose multirresistente, também é motivo de preocupação para os órgãos de saúde. “Quando o tratamento é cumprido sem falhas, os bacilos são eliminados. Mas, se o paciente não segue as orientações de dosagens das medicações, os bacilos tornam-se dominantes e a tuberculose resistente”, explica o infectologista Moacir Jucá, do Hospital Esperança Olinda, no Grande Recife. Só em 2013, a OMS registrou 480 mil casos de tuberculose resistente a múltiplas drogas.

A principal recomendação, segundo os especialistas, é o diagnóstico precoce. “Caso o paciente apresente tosse por mais de três semanas, com presença de secreção ou não, é recomendado procurar um médico. Quanto antes iniciar o tratamento, mais rápido será a cura”, alerta. A vacina BCG, obrigatória para crianças menores de um ano, também é importante, pois protege contra as formas mais graves da doença.