Precisamos reciclar sempre o pensamento para afastarmos tristezas repetitivas (Foto: Free Images)
A #dicadobem deste domingo começa com a seguinte pergunta: quem nunca passou por momentos difíceis que trazem emoções negativas? Muitas dessas situações, como problemas no trabalho ou na família, acontecem sem a gente menos esperar. Antes de a gente se desesperar e deixar o pessimismo falar mais alto, que tal exercitar o pensamento para perceber o lado bom das emoções negativas?
Esse é um trabalho de fácil treinamento, segundo a psicoterapeuta Maura de Albanesi, mestranda em psicologia e religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). "É pela mente consciente que decidimos as coisas; é nosso lado racional. Na mente inconsciente, armazeno as coisas. É de onde vem o sentimento. A comunicação entre as duas é automática", diz.
Então, ela frisa que a chave para enxergar a vida com outros olhos é guardar, no inconsciente, impressões positivas do que aconteceu. "A mente funciona com a lei do mínimo esforço: armazena a maneira como lidamos com uma situação e, caso aconteça algo parecido, o inconsciente faz a memória vir à tona, reeditando o passado no presente."
A psicoterapeuta alerta, então, que o mais importante é saber como registrar os acontecimentos na memória. "Você guarda lixo na sua casa? A mente funciona da mesma forma. Não podemos ter estoque de experiências negativas", diz Maura.
Para não registrar os momentos difíceis sempre com pessimismo e vitimização, segundo a especialista, é necessário entrar em contato consigo mesmo e tentar entender o porquê de certas ocorrências virem acompanhadas de sensações negativas. Após isso, é possível limpar o arquivo mental. "O que você precisa tirar? O que não te serve mais", orienta Maura.
"Já que tudo depende de como lidamos com cada situação, é importante reciclarmos nossos pensamentos. Assim, podemos registrar os momentos com alegria, confiança e sentimento de dar a volta por cima", acrescenta.
Dessa maneira, de acordo com Maura, é possível ter confiança e verificar que os acontecimentos passados não necessariamente precisam acontecer no presente. "Esse é um processo de autodesenvolvimento, de crescimento. É assim que ficamos livre para nos experimentarmos novas realidades", finaliza a psicoterapeuta.