Pais devem estar atentos à limpeza dos ambientes para evitar rinites alérgicas

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 24/02/2015 às 18:04
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Escola Na escola, lugar onde a criança passa boa parte do tempo, a recomendação é manter ambiente limpo e arejado (Foto: Guga Matos/JC Imagem)

As rinites alérgicas - reação imunológica do corpo a partículas inaladas pelo organismo - atingem até 31,7% da população entre 7 e 14 anos nas maiores cidades do País. O número alerta para os cuidados que os pais devem ter com os ambientes que as crianças passam a maior parte do tempo.

Nas escolas, a principal recomendação é manter o espaço sempre limpo e arejado. O ideal é que se utilize quadros brancos com caneta hidrográfica ao invés de lousa com giz. “Quando os cuidados necessários não são tomados, a memória e o aprendizado podem ser prejudicados, ocasionando um impacto crucial sobre seu desempenho intelectual”, explica o médico alergologista Waldemir Antunes, da Clínica Alergo Imune.

Em casa, os cuidados devem ser parecidos. "A criança tende a ficar no quarto uma média de oito horas, onde há muito contato com ácaros. O ideal é não ter ursos de pelúcia no ambiente, assim como evitar cortinas de tecido (por acumular poeira), evitar tapetes e procurar deixar o quarto sempre arejado", alerta.

Entre ventilador e ar condicionado, aqueles que têm crianças com crises alérgicas em casa devem preferir a segunda opção. O aparelho deve passar por uma limpeza regularmente para impedir a propagação de fungos, o que pode acentuar ainda mais as rinites.

Assim que os sintomas aparecerem - espirros, coriza, congestão nasal são os mais comuns - o paciente deve procurar orientação médica. "O médico vai orientar uma higienização nos espaços, que chama-se controle ambiental. O tratamento é medicamentoso. Há também as vacinas, uma imunoterapia específica que vai mudar o perfil alérgico da pessoa. O paciente ficará mais resistente, tolerante à poeira", explica o alergologista.

Segundo o especialista, quando não controlados, os sintomas da rinite afetam diretamente o bem estar físico, emocional e social da criança. Os sintomas não tratados podem causar fadiga e sonolência diurna, reduzindo o aprendizado, eficiência no trabalho e na diminuição da qualidade de vida.