Dor neuropática atinge 17% das pessoas que convivem com dor crônica no mundo

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 12/02/2015 às 12:10

infografico-dr Clique no infográfico e saiba mais detalhes sobre este tipo de dor (Divulgação)

Tema que será debatido ao longo deste ano pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP, na sigla em inglês), a dor neuropática é um problema que atinge 17% das pessoas que têm dor crônica no mundo. Decorrente da lesão (ou disfunção) do sistema nervoso central ou periférico, tem como principais sintomas a sensação de choque, queimação, formigamento e até dormência. Por ser crônica e de difícil controle na maioria dos casos, a dor neuropática compromete a qualidade de vida do indivíduo e suas relações sociais e laborativas.

Segundo os especialistas, a doença é resultante de uma ativação anormal da via de transmissão de impulso. "Em uma tradução mais didática, seria como se os nervos perdessem a capa que os reveste, deixando-os expostos, como fios desencapados", explica o médico Claudio Fernandes Corrêa, mestre e doutor em neurocirurgia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A dor neuropática pode ser causada por fatores  degenerativos, traumáticos e infecciosos, como também ser  decorrente de doenças sistêmicas. Acidentes automobilísticos com rompimento de tendões e ligamentos, hanseníase, procedimentos cirúrgicos e tratamentos com radioterapia e quimioterapia tendem a elevar os casos do problema.

O diagnóstico nem sempre é simples. Como o paciente costuma ter dificuldades em descrever o quadro, vários testes podem ser solicitados para diagnosticar a doença. O tratamento precisa ser focado no controle da dor física e nas interferências emocionais decorrentes do incômodo.