Mais de 30% dos entrevistados desconhecem a degeneração da mácula, área central da retina (Foto: Free Images)
A pesquisa Saúde Ocular na 3ª Idade, realizada pela Associação Retina Brasil com apoio da farmacêutica Bayer, revela que 76% dos 700 recifenses que participaram do levantamento têm algum tipo de problema de visão. Apenas 17%, no entanto, procuram um especialista quando sentem algum desconforto. Entre os entrevistados, 36% declararam nunca ter ouvido falar em degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que é uma doença degenerativa da área central da retina, conhecida como mácula.
O problema é capaz de levar à perda progressiva da visão central, que é aquela responsável pelo foco e nitidez de tudo o que se enxerga. A prevalência de cegueira é de 8,7% entre as pessoas acometidas pela doença, segundo a Associação Retina Brasil.
A DMRI impacta diretamente o dia a dia, pois impede as pessoas de executar tarefas como ler, escrever, reconhecer rostos e dirigir, o que favorece quedas e de depressão devido à dependência de outras pessoas do paciente.
Quando se fala em saúde ocular entre idosos, essa é a enfermidade mais comum do que em outras faixas etárias e, apesar de ser responsável pela perda irreversível da visão, ainda é muito pouco conhecida. Entre as formas de tratamento da DMRI, está o uso dos antiangiogênicos, substâncias que bloqueiam a ligação da proteína VEGF (sigla em inglês para fator de crescimento vascular endotelial), aumentada na DMRI.
O estudo foi realizado em várias cidades brasileiras com 5 mil pessoas - 700 delas no Recife.
Outros dados da pesquisa na capital pernambucana:
- 55% dos recifenses conhecem algum idoso que perdeu a visão, mas 53% relatam não saber a causa do problema
- 36% nunca ouviram falar em DMRI, e 78% desconhecem os sintomas. Já 8% não sabem como é feito o tratamento
- 42% acreditam que a exposição ao sol seja o principal causador da DMRI, e 22% indicam que seja tabagismo
- 9% apenas acham que a idade afeta a visão
- 48% utilizam o sistema público de saúde para cuidar da visão. Desses, 34% não conseguem atendimento
- 15% apenas realizam consultas particulares