Não dê brechas para a doença do beijo no Carnaval

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 05/02/2015 às 12:10

Beijo no Carnaval Conhecida como a doença do beijo, a mononucleose é bastante comum no Carnaval (Foto: Chico Pôrto/JC Imagem)

É comum a paquera tomar conta dos foliões nos dias de Momo. Mas antes de distribuir beijos, é importante estar atento a uma doença típica deste período: a mononucleose infecciosa, mais conhecida como doença do beijo, que acomete principalmente jovens de 15 a 25 anos.

Causada por um vírus, ela é contraída pela saliva e começa a se desenvolver após um período de incubação que dura de 30 a 50 dias. Funciona da seguinte forma: o vírus invade as células que revestem o nariz e a garganta, afetando os glóbulos brancos responsáveis pela produção de anticorpos.

Entre os fatores que influenciam a transmissão da doença, estão má condição de higiene e grande concentração de pessoas. Esse cenário facilita a dispersão do vírus. Os sintomas mais comuns são febre, dor de garganta, inchaço dos gânglios, dificuldade para engolir, dores musculares, fadiga e perda de apetite. O paciente pode ainda apresentar crescimento do fígado e do baço.

Por causa da semelhança dos sintomas com os de uma forte gripe, muitas pessoas infectadas recorrem à automedicação. O ideal, no entanto, é procurar um médico. “O diagnóstico deve ser preciso. Durante o exame físico, o médico pode encontrar gânglios inchados na região do pescoço e amídalas inflamadas, mas só um exame de sangue é capaz de confirmar a doença”, explica o infectologista Moacir Jucá, do Hospital Esperança Olinda, em Pernambuco.

A partir de um diagnóstico correto, o médico indica um tratamento, feito com antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios. “A virose não é fatal. A recuperação geralmente ocorre em poucos dias. No entanto, ela pode levar a complicações mais sérias se não for bem tratada. Por isso, merece atenção”, alerta Moacir.