Quase 20% dos adultos brasileiros praticam exercícios em academias

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 28/10/2014 às 0:15

Na busca por atividades físicas, a musculação tem ganhado cada vez mais adeptos no Brasil, enquanto o futebol reduz a participação na rotina da população. É o que mostra o estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2013, que indica mudança no comportamento dos adultos, que estão mais atentos a um estilo de vida saudável.

A pesquisa ainda revela que hoje 33,8% da população praticam atividade física regularmente, um crescimento de 12,6% nos últimos cinco anos.

O percentual de entrevistados que disseram praticar musculação cresceu 50% entre 2006 e 2013, enquanto o índice dos que jogam bola caiu 28% no período. Segundo a pesquisa, 18,97% dos adultos hoje optam pelas academias, contra 14,87% que dizem praticar futebol.

Entre os homens, o futebol continua sendo o esporte preferido. Na hora de se exercitar, 26,75% da população masculina recorrem à paixão nacional. Mas, mesmo nesse grupo, o índice caiu: oito anos atrás, mais de 35% diziam jogar bola regularmente. Em segundo lugar, esse público realiza mais caminhadas, seguido da musculação.

Apesar das mudanças no perfil da atividade física da população, com a crescente participação da musculação, a pesquisa mostrou que a caminhada permanece como o exercício mais frequente entre os brasileiros. Do total de entrevistados que pratica alguma atividade física, 33,79% disseram fazer caminhadas. Em 2006, o índice era 10% maior. O público feminino é o mais fiel a esse exercício, com 43,98% de adeptas, seguida pela musculação e pela ginástica.

Para a diretora de Vigilância e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, o crescimento da prática da musculação demonstra maior interesse da população brasileira em ter melhor qualidade de vida e mais saúde. O Vigitel, realizado em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), ouviu 53 mil pessoas nas 26 capitais e no Distrito Federal.