População desconhece práticas simples para prevenção e controle da diabetes tipo 2

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 07/08/2013 às 0:02

Nunca se debateu tanto sobre os caminhos capazes de frear a epidemia da diabetes, que acomete cerca de 371 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, aproximadamente 10 milhões de pessoas têm a enfermidade. E o Rio de Janeiro e São Paulo estão entre as seis capitais com maior percentual de casos de diabetes no País, segundo o Ministério da Saúde.

Recentemente, os habitantes de ambas as cidades foram consultados para uma pesquisa realizada pela farmacêutica Abbott, em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes. O estudo mostrou que 62% dos entrevistados apresentam ao menos um fator de risco para o desenvolvimento da doença.

E mais: somente 30% dos participantes da pesquisa já ouviram falar em pré-diabetes: uma condição que, embora seja favorável ao desenvolvimento da diabetes e de outros problemas de saúde, pode ser reversível através de mudanças no estilo de vida.

Outro cenário apresentado pelo levantamento é que as pessoas com pré-diabetes e diabetes geralmente não mudam o estilo de vida, como alertado pelos médicos. Mais de 45% desconhecem a importância de atitudes simples (controle de peso e prática regular de exercícios) como parte do controle do problema.

A maioria dos profissionais de saúde pesquisados no Brasil destacou as mudanças de hábitos alimentares como o fator número um de sucesso para o controle da pré-diabetes e da diabetes. Para 60% dos pacientes entrevistados, contudo, esse é o passo mais árduo de ser incorporado à rotina.

O estudo foi conduzido em São Paulo e no Rio de Janeiro, com três painéis online conduzidos pela Nielsen, em nome da Abbott. O painel 1 (306 entrevistados) incluiu a população em geral, entre 18 e 64 anos, considerando cidade, idade, sexo. O painel 2 (306 entrevistados) incluiu pacientes com diabetes de 18 a 64 anos, considerando cidade, idade, sexo e tipo de paciente (com pré-diabetes ou com diabetes tipo 2). O painel 3 (80 entrevistados) contemplou médicos clínicos gerais e endocrinologistas.