Idoso com demência que interage com animal pode melhorar a qualidade de vida

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 31/07/2013 às 1:46

Uma interação sistemática com um cachorrinho pode ajudar a melhorar a saúde mental e as funções físicas de pessoas com demência. É o que revela uma nova pesquisa da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Foi encontrada uma diminuição na depressão após a realização de um programa de envolvimento regular com um cão.

"Esse estudo fornece evidências importantes sobre os benefícios da interação com animais de estimação para pessoas com demência", diz a coordenadora do estudo, Erika Friedmann, professora da Universidade de Maryland. Ela ainda frisa que, ao melhorarem a saúde mental e a função física, esses tipos de programas podem ajudar esses idosos a manterem autonomia por mais tempo.

O levantamento envolveu 40 idosos com demência que vivem em residenciais. Eles passaram por duas sessões de 60 e 90 minutos por semana, durante três meses em que eles foram incentivados a interagir com um cão. Isso incluiu cuidar do animal utilizando habilidades motoras.

Alimentar o cão, ajustar a coleira, caminhar com ele e acariciá-lo foram algumas das atividades desenvolvidas. As sessões também envolviam o uso de habilidades sociais, como conversar com o cão, falar sobre o cão para os outros e dar os comandos ao animal.

Os resultados mostraram que os participantes que interagiram regularmente com um cão tiveram melhorias nas suas funções emocionais (diminuição na frequência de depressão), em comparação com o grupo controle - ou seja, aquele que não interagiu com cachorros. Os participantes da pesquisa também demonstraram uma tendência para a função física melhorada, com um aumento de atividades físicas em todos os dias, ao longo do tempo.

A pesquisa, intitulada The pet assisted living intervention for functional status in assisted living residents, foi apresentada na conferência trienal da Associação Internacional de Organizações de Interação Homem-Animal (IAHAIO), realizada de 20 e 22 julho deste ano, em Chicago. O estudo foi financiado pela Mars, Incorporated e pelo Centro Waltham de Nutrição Animal.