Quem tem o hábito de fazer refeições em restaurantes por quilo conhece os alimentos que são saudáveis e os que não são. Assim, a maioria escolhe o que coloca no prato de acordo com os critérios de saúde. É o que mostra pesquisa realizada pela nutricionista Odete Santelle, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP), sob a orientação do professor Fernando Lefevre.
A pesquisadora entrevistou 60 clientes de dois restaurantes: um localizado na Cidade Universitária, em São Paulo, e outro na região do Campo Limpo, Sul da capital.
O objetivo da investigação foi conhecer os fatores que influenciavam a escolha dos alimentos que os clientes colocavam no prato. “Em ambos os restaurantes, o fator saúde foi apontado por 43% dos clientes, enquanto que o fator sabor por 26%. Já o equilíbrio entre sabor e saúde ficou com 31%”, diz Odete, que assegura: "Quem come errado sabe o que está fazendo".
Como exemplos de alimentos ligados à saúde, os entrevistados apontaram as folhas verdes, os legumes, os grelhados e o arroz integral. Já um alimento associado com sabor foi a batata frita.
Ao serem questionados sobre mudanças na alimentação, a maioria dos participantes do estudo disse que modificaria o cardápio do jantar, composto por fast-food, frituras, pizza e pão de queijo. Isso revela que o grande problema é realmente essa última refeição - ocasião em que são consumidos alimentos congelados, comida pronta e de preparo mais rápido. E são opções mais calóricas, com maior teor de gordura.
Os entrevistados disseram que os fatores limitadores que levam à escolha desse tipo de alimento para o jantar são a falta de tempo para cozinhar e a falta de habilidade culinária. “As pessoas que moram em grandes cidades, como São Paulo, saem do trabalho e nem sempre conseguem chegar em casa em tempo hábil para o preparo de uma refeição saudável”, acredita Odete Santelle.
