Estudo mostra que 55% da população não consideram obesidade como doença

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 09/07/2013 às 1:39

Levantamento apresentado recentemente, com o objetivo de analisar o comportamento das pessoas diante de questões relacionadas a excesso de peso, revelou que 55% dos entrevistados não consideram a obesidade como uma doença, e sim como consequência de outras enfermidades.

A pesquisa ouviu mil indivíduos acima do peso, entre homens e mulheres, com idade média de 39 anos, moradores das cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Salvador.

O estudo foi realizado pela farmacêutica Allergan/Divisão Health, em parceria com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), a Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad) e a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed).

Perguntados sobre as razões pelas quais desejam emagrecer, 53% mencionaram a busca pelo aumento da autoestima e 50% relataram problemas de saúde. Já 73% das pessoas disseram acreditar em tratamentos preventivos para o sobrepeso e a obesidade - destes, 64% falaram em dieta e 51% em atividades físicas como alternativas eficazes.

Ao serem questionados se tinham problemas de saúde, 48% dos entrevistados confirmaram conviver com alguma doença, como hipertensão (60,1% das respostas), seguida pela dislipidemia (gordura no sangue, em 33,4%) e diabetes (21,1%).

A maioria dos entrevistados revelou ainda já ter se submetido a tratamento para a obesidade, como exercícios físicos (70%). Outros 56% já passaram por dietas restritivas e 26% fizeram uso de medicamentos para emagrecer.

Entre as práticas citadas para perda de peso, 22,3% não se mostraram satisfeitos a longo prazo com as atividades físicas. Já 42,7% não se sentiram realizados com as dietas restritivas. Sobre os medicamentos, 53,2% se mostraram insatisfeitos com os resultados.

Questionados sobre o tratamento com o balão intragástrico para promoção do emagrecimento, 42% disseram ter alguma informação a respeito, mas apenas 19,5% destes pensaram em colocar o dispositivo. Para os 80,5% que nunca pensaram em utilizar o balão, o motivo era o pensamento de que o tratamento é indicado exclusivamente para a obesidade mórbida, e não para individuos com sobrepeso e obesidade leve.