O poder da música: Mozart é melhor do que Bach para o desenvolvimento de prematuros

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 04/07/2013 às 1:29

Vejam só que curioso: um estudo israelense revela que ouvir músicas do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756–1791) é mais promissor para o desenvolvimento de bebês prematuros do que ouvir músicas do alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750).

O estudo, realizado no Hospital Ichilov, na cidade de Tel Aviv (Israel), expôs 12 prematuros à audição de músicas dos dois grandes compositores eruditos e mediu os níveis de absorção de oxigênio e de emissão de dióxido de carbono. Isso permitiu ao grupo de pesquisadores o cálculo da taxa metabólica dos bebês.

Várias investigações já demonstraram os benefícios da música clássica para o desenvolvimento de prematuros. Essa pesquisa, contudo, conduzida pelos doutores Dror Mandel e Ronit Lubetzky, conclui que a influência de Mozart sobre dos bebês é única.

Os 12 prematuros nasceram na 30ª semana de gestação e pesavam, em média, 1,2 kg. Eles foram divididos em grupos: em meia hora, os que foram expostos à música de Mozart tiveram redução de 9,7% na taxa metabólica, em comparação aos bebês que não foram expostos. Já a exposição à música de Bach levou à queda de 4,5% na taxa metabólica, em comparação aos que não tinham sido expostos.

“A queda na taxa metabólica de bebês prematuros os leva a perder menos calorias e a ganhar peso mais rapidamente”, explica Mandel. “Na literatura médica, há uma suposição de que a repetição de temas musicais, característica da maioria das composições de Mozart, é parcialmente responsável pelo efeito calmante da música”, conclui o especialista.