Chega ao Brasil livro de jornalista americana que discute uso de antidepressivos

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 03/07/2013 às 0:18

A editora Gutenberg acaba de lançar, no Brasil, o livro A cura da infelicidade - Como antidepressivos melhoram, pioram e moldam a vida de milhões de pessoas (304 páginas, R$ 34,90), da jornalista e escritora americana, Katherine Sharpe.

Há 25 anos, quando foi lançada uma nova geração de antidepressivos, muitas questões passaram a ser debatidas, como a real necessidade de se fazer uso regular dessas medicações, os casos em que são bem indicadas e o possível fato desses medicamentos mascararem a personalidade de alguém. Assim, Katherine aborda esses tópicos que afetam particularmente quem tem menos de 25 anos, cresceu tomando o medicamento e se pergunta: Qual é minha verdadeira identidade? Quem sou eu sem os remédios?

Ao vivenciar várias crises de ansiedade aos 18 anos, a autora recebeu um diagnóstico de depressão e começou a tomar antidepressivos para controlar seus lapsos emocionais. Questionando sua personalidade e autonomia diante dos medicamentos que precisou tomar por 10 anos seguidos, ela percebeu que suas próprias perguntas eram feitas por muitas pessoas acometidas pelo mesmo problema. E dessa maneira, nasceu a ideia do livro.

Misto de biografia e pesquisa, a obra mescla a experiência pessoal da autora com estudos e dezenas de entrevistas com médicos, especialistas e pessoas que convivem com depressão. Além disso, Katherine Sharpe revela meios possíveis e saudáveis para se obter uma boa saúde mental, ressaltando a importância dos exercícios físicos para amenizar sintomas da doença.