Rugas e marcas de expressão podem ser suavizadas com tratamento fonoaudiológico

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 03/11/2012 às 0:02

BRASÍLIA - Rugas, marcas de expressão e flacidez podem ser evitadas e suavizadas através de tratamento fonoaudiológico, que consiste numa série de massagens e exercícios individualizados capazes de promover uma estética facial harmoniosa. Esse é um dos temas que se sobressaem no 20º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, que termina hoje (3/11) em Brasília.

"A amenização das marcas de expressão facial ocorre graças a terapêuticas específicas que promovem o equilíbrio da musculatura e a reeducação das funções da fala, deglutição, mastigação e respiração. Tudo isso estimula um ganho estético", diz a fonoaudióloga Silvia Regina Pierotti, professora do curso de especialização em motricidade orofacial do Cefac.

Ela chama atenção para o fato de que o tratamento fonoaudiológico não é sinônimo de ginástica facial. "A nossa terapêutica, muito criteriosa, é feita de acordo com as necessidades de cada pessoa. Por isso, somos contra a banalização dos exercícios, que podem provocar rugas quando realizados sem orientação", ressalta a especialista.

Os procedimentos, não invasivos, são indicados para pacientes que têm o costume de contrair a musculatura exageradamente e de forma repetida, seja por algum problema orgânico ou por movimentos na musculatura da face inconscientes e inadequados. "Até mesmo alterações mastigatórias podem provocar sulcos, que também podem aparecer em pessoas com rinite alérgica que desenvolvem o hábito recorrente de fungar", acrescenta.

É bom frisar que nem todos os casos de estética facial são resolvidos através de tratamento fonoaudiológico. "Em muitas situações, precisamos indicar o paciente para um dermatologista ou cirurgião plástico. Quando a pessoa apresenta perda de gordura facial decorrente do envelhecimento ou marcas no rosto devido à exposição solar intensa e sem proteção, indicamos para um médico", frisa Silvia.

E nos casos de comprometimento estético por causa de discrepância óssea na face, recomenda-se primeiramente a cirurgia ortognática - procedimento que tem como objetivo a correção das imperfeições faciais relacionadas aos posicionamentos inadequados dos maxilares. "Só depois desse procedimento é que o paciente será submetido a uma avaliação que analisa se há necessidade de tratamento fonoaudiológico", informa Silvia.

Ela salienta que a terapêutica capaz de promover a estética facial harmoniosa tem como base a conscientização do paciente, que passa a compreender o motivo, a maneira e a frequência com que contrai a musculatura da face. "Em muitos casos, é possível ter ganho com a fonoterapia, sem recorrer a intervenções cirúrgicas e a preenchimentos. Vale destacar, no entanto, que, é necessário a pessoa se submeter à cirurgia plástica e a procedimentos dermatológicos em outras situações", conclui Silvia Regina Pierotti.

* A jornalista viajou a convite da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia