Psicólogas debatem diferenças entre fome e vontade de comer em chat para o público

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 23/08/2012 às 6:00

As psicólogas Marilice Rubbo de Carvalho e Sandra Aurea Hamzeh, especialistas no tratamento da obesidade, participam hoje, às 19h30, do Chat Orbera, com a temática Fome versus vontade de comer.

Voltado para o público leigo, o bate-papo ajudará as pessoas a identificar essa diferença e a aprender a ter consciência emocional. Isso diminui as chances de reganho de peso em qualquer tratamento contra a balança.

As profissionais também fornecerão dicas práticas para ser trabalhadas diariamente. Contextualizado dentro do sistema de tratamento do Orbera, o bate-papo visa elucidar para a população, a importância do acompanhamento psicológico em qualquer programa de emagrecimento, especialmente em procedimentos de maior restrição alimentar, como o uso do balão intragástrico.

Com duração de uma hora e meia, o chat tem acesso gratuito pelo portal www.sistemaorbera.com.br. Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pessoas com índice de massa corpórea (IMC) acima de 27 (faixa do sobrepeso), o balão Orbera está apoiado em um amplo programa de reeducação de hábitos para melhor alcançar os objetivos de emagrecimento.

É FOME MESMO? - A psicóloga Sandra Aurea Hamzeh frisa que o ato de comer pode se tornar um reflexo de frustrações, substitutivos às soluções de problemas diários e tomadas de decisões, para se tornar compensação e alívio, entre outros.

Ela ressalta que a alimentação não pode ser considerada o problema, mas que devemos analisar a função em que ela é colocada em nossas vidas. Para evitar que o impulso fale mais alto, é preciso fazer uma profunda reflexão do que realmente temos fome. Será de carinho, prazer, atenção ou reconhecimento? E a partir daí, mudar pensamentos e atitudes.

"O nosso psicológico também necessita ser alimentado e trabalhado de forma correta, para que o corpo siga um curso saudável. E é esta falta da consciência emocional que faz o obeso ser reincidente em qualquer tratamento contra a balança”, relata a especialista.

Para quem está sob dieta mais restritiva, especialmente após procedimentos bariátricos, como a colocação de balão intragástrico ou cirurgia, esses fatores merecem ainda mais atenção, pois a quebra da rotina alimentar nociva é mais brusca, com restrições maiores.

Assim, Sandra salienta que o apoio psicológico profissional é essencial nesses casos, a fim de que o indivíduo entenda a relação que tem com a comida e com o sobrepeso/obesidade. Esse entendimento tem como ponto de partida a busca pela identificação dos problemas e dificuldades. Consequentemente, devem vir soluções adaptativas capazes de oferecer resultados efetivos e definitivos.