Dia do Combate à Poluição: qualidade do ar interfere na saúde

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 14/08/2012 às 0:05

A Organização Mundial de Saúde (OMS) chama atenção para o fato de que mais de 2 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência de doenças provocadas pela inalação da poluição. Esse é alerta deste Dia do Combate à Poluição (14/8).

Só na capital paulista, a poluição e as mudanças climáticas são responsáveis por cerca de 70% das internações por doenças respiratórias. Segundo o Ministério da Saúde, os gastos com tratamento dessas enfermidades representam valores superiores a R$ 600 milhões.

A pneumologista Maria Alenita de Oliveira, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, ressalta que os problemas originados pela alta concentração de poluentes no ar influenciam diretamente no aumento de infecções respiratórias, irritação ocular e na garganta, ressecamento das mucosas nasais e da pele.

A causa dos males está relacionada à reação inflamatória nos pulmões, devido às substâncias oxidantes que reduzem as defesas pulmonares. "Diversos estudos apontam a poluição como um desencadeador de doenças respiratórias e do aumento no número de internações hospitalares", diz Maria Alenita.

Ela informa que especialmente em crianças, idosos e profissionais que trabalhem expostos à emissão de poluentes, existe uma incidência elevada de sintomas como tosse, irritações nos olhos e na garganta, aperto no peito e dificuldade para respirar. "Infelizmente, não há uma maneira de se proteger efetivamente da poluição. O ideal é que cuidados pontuais sejam tomados", complementa a médica.

Para conviver com a poluição e evitar o agravamento de efeitos colaterais, ela recomenda a adoção de cuidados relacionados à hidratação, como o uso de colírios, e a redução das atividades físicas em horários de pico. Manter uma alimentação saudável e procurar circular por ambientes limpos e ventilados também são maneiras de minimizar os efeitos da poluição no organismo.