Pesquisa internacional mostra que um quarto dos brasileiros sente dificuldade visual para ler

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 18/04/2012 às 10:07

Precisamos dar mais atenção à saúde ocular. Esse é um dos recados que vêm com os resultados de uma pesquisa inédita, encomendada pelo grupo alemão Carl Zeiss (líder internacional no ramo óptico) ao instituto inglês YouGov.

Entre outros dados, o levantamento mostra que 24% dos brasileiros sentem dificuldade visual ao ler um livro, por exemplo.

E pouco menos da metade dos entrevistados (46%) avaliou a visão como satisfatória e 27% sinalizaram que a visão está fraca ou muito fraca.

O estudo, que também foi realizado em países como Alemanha, Itália, China e Estados Unidos, revela que 40% dos entrevistados não marcam consultas anuais e nem passam por testes visuais, como recomendado pelos oftalmologistas.

“A visão é muito importante e nos ajuda a realizar tarefas do dia a dia com precisão e agilidade. Quando está comprometida, interfere diretamente na saúde, na segurança e na qualidade de vida”, afirma o oftalmologista Miguel Padilha, diretor do departamento de oftalmologia do núcleo central do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.

Ele ainda ressalta que essa pesquisa denuncia que o brasileiro não cuida bem da saúde dos olhos e, por isso, não usa a visão de forma eficiente. Os números ainda chamam a atenção quando se trata da visão para dirigir.

Dos brasileiros ouvidos, 24% confirmam sentir dificuldades quando estão no trânsito. O índice aumenta para 26% quando dirigem à noite.

Outro recorte do estudo mostra que 89% da população brasileira fariam exames oftalmológicos com mais frequência, se sentissem necessidade médica.

“A acuidade visual pode mudar consideravelmente ao longo de um ano. Como nem sempre essas mudanças são percebidas no dia a dia, é preciso se submeter a exames oftalmológicos com frequência”, frisa Padilha.

E caso existam casos de alta miopia ou de hipermetropia na família, as consultas devem ocorrer na fase de alfabetização, quando a criança começa a frequentar a escola.

A pesquisa, realizada de forma direcionada, ouviu mais de mil brasileiros de todas as regiões do País, entre homens e mulheres, em novembro de 2011.