Família e grupos de apoio são fundamentais para enfrentamento do câncer de mama

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 13/04/2012 às 23:21

A reinserção das mulheres com câncer de mama na sociedade depende muito da família, dos amigos e dos grupos de reabilitação. É o que mostra uma pesquisa da Escola da Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP/USP), conduzida pela enfermeira Aline Inocenti.

Ela avaliou 14 mulheres submetidas à cirurgia para reconstrução mamária e cadastradas em um serviço especializado de reabilitação pós-mastectomia.

O trabalho mostra que as mulheres tiveram auxílio para se informar sobre a doença, para realizar a cirurgia e para se cuidar no pós-operatório. Elas também contaram com apoio para recuperar a autoestima.

O objetivo do estudo, que nasceu da dissertação de mestrado A experiência da reconstrução mamária para mulheres com câncer de mama, foi compreender como é a experiência da reconstrução mamária na vida dessas pacientes.

Após a análise dos dados, a pesquisadora concluiu que a recuperação da mama devolveu a autoestima a algumas mulheres e ainda a sensação de estar completas novamente. “A reconstrução mamaria ajudou a recuperar a autoimagem e a superar o trauma causado pela doença”, destaca Aline.

“As redes de apoio às mulheres com câncer se mostraram presentes em todas as fases do adoecer, desde o diagnóstico até a reabilitação”, complementa a enfermeira, que é enfática ao dizer que o apoio e suporte da família foram fundamentais no processo.

O papel dos amigos também foi essencial como fonte de estímulo e apoio à realização da reconstrução. Já o grupo de reabilitação, com um ambiente em que receberam informações sobre a doença e estímulo para desenvolver novas habilidades, foi fundamental para a reinserção das mulheres na sociedade.

“Por compartilharem dos mesmos problemas, essas mulheres dividem histórias de insegurança, medo, superação e conseguem se tornar fonte de apoio às demais integrantes do grupo”, finaliza a enfermeira.