Neuropsiquiatra mergulha no universo de Alzheimer e detalha questões sobre a doença

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 10/01/2012 às 0:47

Mais de 100 anos se passaram após a descrição da doença de Alzheimer. De lá para cá, muitas interrogações foram encerradas, mas ainda existem muitos pontos nebulosos que merecem um maior número de investigações, como mostra o neuropsiquiatra Leonardo Caixeta, coautor do livro A doença de Alzheimer, recém-lançado pela Artmed Editora.

Especialista em psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq / HC - FMUSP), ele organiza a publicação através de artigos bem pertinentes de conceituados profissionais brasileiros da área de saúde mental.

Os textos apresentam informações abrangentes e atualizadas sobre a doença de Alzheimer e, dessa maneira, auxiliam a comunidade médica e especialistas de outras áreas ligadas ao cuidado de pessoas com essa condição, ao diagnóstico e ao manejo desses pacientes.

Dividido em 31 capítulos, o livro é um recurso e tanto para quem pretende entender a doença que atinge hoje mais de 25 milhões de pessoas ao redor do mundo. Entre os temas abordados, estão bases genéticas e epidemiologia da doença de Alzheimer, assim como os novos critérios diagnósticos e marcadores biológicos da enfermidade.

Em uma das seções da publicação, Leonardo Caixeta detalha como diagnosticar a doença de Alzheimer. Outro destaque é a parte em que são apresentadas as contribuições neuropsicológicas para o diagnóstico precoce da patologia em idosos “jovens” e “muito velhos”.

Importante também é o capítulo que o organizador escreve sobre a relação médico/paciente/cuidador - este último, como revelam os autores, tendem a vivenciar várias situações de estresse e até podem chegar a adoecer diante do empenho e das responsabilidades impostos pela doença de Alzheimer.

Bastante completa, a obra ainda versa sobre as alterações de comportamento comuns em quem convive com a enfermidade e destaca a importância das abordagens não farmacológicas como coadjuvantes do tratamento medicamentoso.

E para não deixar o assunto encerrado, o último capítulo do livro é redigido a seguinte pergunta: "É possível prevenir a doença de Alzheimer?". Com base no que as futuras pesquisas prometem, podemos dizer que as respostas a essa indagação podem render uma nova publicação.

* A quem interessa esta publicação: Médicos em geral e profissionais das áreas de psicologia, gerontologia, neuropsiquiatra, neuropsicologia, neurogeriatria, enfermagem e outros segmentos que atendem pacientes com Alzheimer.

Serviço:

Doença de Alzheimer, Artmed Editora, 504 páginas, R$ 89 (versão impressa) e R$ 71,20 (eBook).