Timor Leste inspira-se no Mãe Coruja para reduzir mortalidade infantil e materna

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/01/2012 às 23:00

O Programa Mãe Coruja Pernambucana, criado em 2007 com a missão de reduzir a mortalidade infantil e materna, servirá de modelo para ações do Ministério da Saúde e da Educação do Timor Leste.

O projeto foi apresentado hoje (6/1) à representante do Ministério da Educação do país, Santina Cardoso, que também é integrante do Instituto Nacional de Formação Profissional e Docente.

O encontro, realizado na sede da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE), serviu para apresentar às pastas do governo timorense uma carta de intenção e formalizar uma parceria para execução do projeto.

“Tenho certeza de que vamos conseguir colocar o Mãe Coruja no Timor. Será uma grande contribuição ao nosso país. Sabemos que são realidades diferentes, mas vamos adaptá-lo. Só temos a agradecer pela oportunidade”, ressaltou Santina.

A proposta é implementar o programa nos 13 distritos que formam o país, que soma uma população de pouco mais de 14 mil habitantes. Em fevereiro, uma comitiva timorense volta ao Estado de Pernambuco para realizar visitas ao Sertão, onde estão instalados alguns Cantos Mãe Coruja - espaços físicos presentes em municípios com mortalidade igual ou acima de 25 para cada 1.000 nascidos vivos.

(Clique abaixo e assista ao vídeo)

“É muito importante compartilhar essa experiência e contribuir com outros países. Esperamos estreitar os laços e servir de exemplo ao Timor. É um trabalho árduo e só percebemos essa redução do coeficiente de mortalidade infantil a médio e longo prazo”, ressaltou a gerente do Programa Mãe Coruja, Virgínia Holanda.

Atualmente, o Programa Mãe Coruja funciona em 103 municípios de Pernambuco. Em 2006, a SES/PE registrou 2.699 óbitos de crianças menores de um ano. Em 2009, foram 2.415. Ou seja, em três anos, houve uma redução de 10% no coeficiente de mortalidade infantil.