Tratamento da esquizofrenia passa a contar com medicação injetável de uso mensal

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 15/12/2011 às 1:00

Acaba de chegar ao Brasil o palmitato de paliperidona, medicamento injetável de longa ação, já aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que representa uma nova perspectiva no tratamento da esquizofrenia, transtorno mental que atinge cerca de 1% da população adulta do País - ou 2 milhões de brasileiros.

De acordo com a Janssen-Cilag, farmacêutica que comercializará a nova medicação, o produto tem como função reduzir os sintomas do distúrbio, previnir recaídas e evitar hospitalizações. O produto é administrado mensalmente, o que facilita a adesão à terapêutica.

Por sinal, um estudo sugere que, após um ano de tratamento, até a metade de todas as pessoas com esquizofrenia não tomam corretamente a medicação prescrita pelo seu médico. O palmitato de paliperidona, vale informar, é um antipsicótico de segunda geração, injetável e de liberação prolongada.

"O novo medicamento será um importante aliado no tratamento da esquizofrenia no Brasil. As características dele, associando efetividade e maior comodidade de uso, podem proporcionar uma maior adesão do paciente ao tratamento, reduzindo a chance de recaídas", afirma o diretor médico da Janssen-Cilag Farmacêutica, José Carlos Appolinário.

A esquizofrenia é um transtorno que interfere negativamente na capacidade de uma pessoa pensar com clareza, relacionar-se com outras pessoas e distinguir a realidade da imaginação. A cada recaída, o paciente apresenta uma série de prejuízos que leva a perdas reais com consequências na vida profissional e financeira do portador da doença e da família.

* Leia também outra matéria do Casa Saudável sobre a doença:

"Esquizofrenia é tema que merece ser discutido neste Dia Mundial da Saúde Mental"

(Este post foi originalmente publicado no dia 3/7/11 e atualizado hoje, 15/12/11)