Dia Mundial de Combate à Aids: Grupo Vhiver lança aplicativo educativo sobre a doença

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 29/11/2011 às 14:54

O Dia Mundial de Combate à Aids (1º/12) será marcado pelo lançamento, em Belo Horizonte, de um aplicativo para computador que busca conscientizar a população sobre os riscos da contaminação.

A organização não governamental (ONG) Grupo Vhiver, idealizadora da ferramenta, disponibilizará 200 CDs para distribuição gratuita em livrarias da capital de Minas Gerais. O aplicativo também será disponibilizado para download gratuito pelo site da ONG: www.vhiver.org.br.

O programa inova ao apresentar uma proposta interativa à população, com o intuito de mensurar o conhecimento sobre a doença e as formas de contágio, além de verificar o nível de prevenção adotado pelas pessoas.

O programa conta com uma série de questões esclarecedoras sobre as formas de contágio e prevenção, além de informações muitas vezes desconhecidas pela população. Quanto mais a pessoa responder corretamente às questões e obter informações, mais protegida ela estará.

"Com esta proposta, pretendemos atingir, principalmente, o público adolescente e os jovens, que vêm se mostrando mais vulneráveis. As pesquisas indicam um aumento significativo no contágio entre 15 e 29 anos", comenta o presidente do Grupo Vhiver, Valdecir Fernandes Buzon.

Ele salienta que o Brasil deixou de atuar na vanguarda com programas de prevenção e de tratamento. Dessa maneira, o País vem acumulando dados negativos sobre a doença. Recentemente, foi divulgado que o Brasil superou a marca de 34 milhões de pessoas portadoras do vírus HIV, sendo que muitas delas desconhecem que estão contaminadas.

Além disso, um recente relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/aids (Unaids) mostra que o Brasil está fora da lista dos países com maior cobertura de tratamento para pessoas com o vírus.

"Na última década, o Brasil registrou um grande retrocesso. Hoje, o País adota remédios retrovirais que já estão em desuso na maioria dos países por causa da alta toxicidade", diz Buzon. "As campanhas de conscientização também estão deficitárias, pois não conseguem mais atingir a população", conclui o presidente do Grupo Vhiver.