SBIM promove evento no Recife para debater indicação de vacinas em situações especiais

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 24/11/2011 às 15:33

Temas como prevenção da doença pneumocócica em crianças, vacina contra rotavírus e o meningococo C, esquemas alternativos de aplicação das vacinas contra o papilomavírus humano (HPV) e vacinação contra coqueluche em gestantes estarão em discussão amanhã (25/11), durante o evento Controvérsias em imunizações, que será realizado no Mar Hotel, em Boa Viagem (Recife).

O evento tem o apoio da Secretaria de Saúde de Pernambuco, da Sociedade de Pediatria de Pernambuco e da Sociedade Pernambucana de Infectologia. Na ocasião, um grupo de especialistas debaterão assuntos cuja intenção é buscar um consenso para diversas situações que envolvem a indicação de vacinas em situações especiais.

O encontro tem caráter anual e representa uma oportunidade para experts discutirem questões extraordinárias, que levam a tomadas de decisão com foco na proteção do paciente.

“A partir das conclusões dos especialistas, poderemos estabelecer orientações para médicos de todo o País”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Imunizações (SBIM), Renato Kfouri. Ele esclarecerá sobre as indicações da vacina contra a meningite C – um tema relevante devido aos surtos da doença registrados em Estados como Bahia e Minas Gerais.

Já a pediatra pernambucana Analíria Pimentel, à frente da Regional Pernambuco da SBIM, lança um bate-papo sobre a indicação da vacina contra coqueluche para grávidas. O assunto é um dos principais tópicos devido ao aumento dos casos entre bebês, tendo os pais como principais transmissores da bactéria Bordetella pertussis, causadora da doença.

O evento ainda traz um debate sobre a vacina que previne as diarreias pelo rotavírus e que foi incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2006. O Brasil foi um dos primeiros a introduzir a vacina no calendário de vacinação infantil.

Dados do Instituto Evandro Chaga, do Pará, mostram que essa vacinação reduz em 48% as hospitalizações por rotavírus em crianças menores de um ano.

“Os benefícios da vacina vão além da faixa etária estabelecida para receber a imunização. É o que chamamos de imunidade de rebanho, quando o vírus passa a circular em níveis mais baixos e as crianças mais velhas não ficam doentes”, explica o médico Alexandre Linhares, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Pará.

Ainda fazem parte da programação discussões sobre a vacinação contra febre amarela em idosos e a utilização do anticorpo monoclonal palivizumabe, específico contra as infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal agente de problemas respiratórios em crianças menores de um ano de idade.

Cerca de 15% dos prematuros (menos de 35 semanas) são hospitalizados em decorrência de infecções causadas pelo VSR.

Serviço:

Controvérsias em Imunizações

Data: 25/11/11 (sexta-feira)

Hora: 8h às 17h

Local: Mar Hotel – Rua Barão de Souza Leão, 451, Boa Viagem. Recife/PE

Saiba mais: www.sbim.org.br