SÃO PAULO - Foi lançada ontem (4/10) a campanha Firme Forte Osteoporose, que toma corpo nas redes sociais (www.sejafirmeforte.com.br) e está focada na importância da prevenção da doença, que atinge 10 milhões de brasileiros.
Trata-se de uma iniciativa inédita abraçada pela Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica (SBDens), em parceria com a Sociedade Brasileira de Osteoporose (Sobrao) e a Sociedade Brasileira para o Estudo do Metabolismo Ósseo e Mineral (Sobemom).
A ação também conta com o apoio da International Osteoporosis Foundation (IOF) e da Federação Nacional e de Associações de Pacientes e de Combate à Osteoporose (Fenapco).
O diferencial é que o alvo da campanha não é exclusivamente os jovens e os adultos. Os médicos querem alertar a população sobre a importância de a prevenção da osteoporose começar na infância, uma fase fundamental para incorporação de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de atividade física.
As mulheres são o centro do conjunto de esforços engatados pelas sociedades médicas, embora o universo masculino não esteja livre do risco de desenvolver a doença. "Estatísticas mostram que, para cada quatro mulheres com a enfermidade, há um homem portador", diz o ortopedista Sérgio Ragi Eis, pesquisador do Centro de Diagnóstico e Pesquisa de Osteoporose do Espírito Santo (Cedoes).
Ele explica que a osteoporose é multifatorial e, por isso, pode aparecer por vários motivos, como a menopausa, a idade avançada, a baixa ingestão de cálcio, a falta de exposição à luz solar, o sedentarismo, o fumo e o consumo excessivo de álcool.
"Para mandar o risco de desenvolvimento da doença para bem longe, é preciso mesmo investir seriamente em um estilo de vida saudável. Para que o paciente incorpore novos hábitos, o médico tem que conquistá-lo", diz o ginecologista Bruno Muzzi Camargos, presidente eleito da Sociedade Brasileira de Desintometria Óssea (SBDens).
Segundo a International Osteoporosis Foundation (IOF), a prevenção da enfermidade se baseia na adoção de uma dieta balanceada (com verduras, legumes e frutas) rica em cálcio, vitamina D e proteínas, como também na prática regular de exercícios físicos para fortalecimento muscular e dos ossos.
Além disso, é primordial a realização de exames para o diagnóstico precoce da doença. O mais utilizado é a densitometria óssea, que deve ser realizada de dois em dois anos para mulheres na pós-menopausa.
"Precisamos lembrar que o diagnóstico precoce e tratamento eficaz são fundamentais para que sejam evitadas a consequência mais severa da osteoporose, que são as fraturas", finaliza Bruno Muzzi Camargos.