Inspire-se no estilo de vida encantador dos copenhaguenses

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 13/09/2011 às 2:08

Bicicletas tomam conta dos quatro cantos de Copenhague (Foto: Cinthya Leite)
Quem me acompanha pelo Facebook e pelo Twitter sabe que eu passei a última semana em Copenhague (Dinamarca), onde acompanhei os destaques do 9º Congresso da Sociedade Europeia de Ginecologia (ESG 2011), a convite da Bayer HealthCare Pharmaceuticals.

Sorry pela minha ausência por aqui, o que não é comum, nos últimos dias. É que tive uma agenda cheia e produtiva por lá.

Temas sobre os quais já discutimos aqui no blog foram supercomentados por lá, como a prescrição responsável das pílulas anticoncepcionais (como Yaz e Qlaira) para fins que vão além da contracepção.

Deixo para aprofundar esses assuntos no Jornal do Commercio/Revista Arrecifes ainda neste mês. Aqui no Casa Saudável, quero compartilhar com vocês a impressão que tive do estilo de vida dos copenhaguenses, conscientes em relação à importância de adotarmos uma dieta sem exageros e de deixarmos de lado o sedentarismo.

Para começar, basta dizer que bicicletas tomam conta das ruas da capital dinamarquesa, já que a cidade tem ciclovias bastante planejadas. A estatística é a seguinte: cerca de 40% dos copenhaguenses utilizam a bicicleta para ir ao trabalho, à escola e à universidade, como também para passear e curtir um dia de sol com os amigos.

Só isso mostra que boa parte da população diz não à inércia, o que faz um bem danado para a saúde. O hábito de pedalar é tão comum que as motos nem circulam pela cidade - pelo menos, não vi sequer uma dando sopa pelas alamedas com tanto verde.

A cidade, vale informar, oferece mais de 300 km de ciclovias. E os turistas conseguem alugar facilmente uma bike, para fazer um tour sobre duas rodas, durante a maior parte do ano.

Outro detalhe interessante é que os copenhaguenses sabem escolher muito bem o que levar à mesa. Gostam de comer peixes, folhas verdes, pães integrais e frutas secas.

Acrescentar a batata à refeição é um hábito comum, mas que termina sem pesar o cardápio diário porque a população sabe fazer um equilíbro dietético.

Hábitos saudáveis, que incluem alimentação balanceada e atividade física, explicam por que raramente a gente vê copenhaguenses com sobrepeso e obesidade nas ruas da cidade.

Só observei que muita gente que vive em Copenhague ainda abre mão do uso (correto) do filtro solar. Crianças, adolescentes, adultos e idosos caminham pela cidade com as bochechas supervermelhas... 

Embora na capital da Dinamarca o sol não seja intenso como no Brasil, o índice ultravioleta (capaz de medir o nível de radiação solar na superfície da Terra) deve ser levado em consideração em dias de outono/inverno e aparentemente sem muita luminosidade. Então, seria bom um trabalho de conscientização em relação aos efeitos dos raios ultravioleta na pele.

Ah, é importante frisar que a Dinamarca tem um dos mais altos índices de desenvolvimento humano (IDH), chegando a 0,86. Existem diversos níveis de IDH, que variam de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total).

Relatório divulgado em 2010, pela Organização das Nações Unidas (ONU), mostra que o IDH mais elevado do mundo pertence à Noruega, com desenvolvimento humano de 0,938. Por outro lado, Zimbábue possui o pior IDH: 0,140. E o Brasil tem nota de 0,699.

Ah, para o futuro, Copenhague tem uma meta: quer se transformar na primeira capital do mundo, em 2025, a neutralizar as emissões de caborno. Se a cidade continuar a pensar no tripé: saúde, educação e meio ambiente, será nada difícil alcançar esse objetivo. :)