Envelhecimento ativo é mote de congresso em Porto de Galinhas

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 17/07/2011 às 23:35

Diferentemente do que muita gente pensa, não vejo o envelhecer como uma parte ruim da vida. Sei que, ao ficarmos mais velhos, passamos a ter algumas limitações, com as quais podemos viver muito bem.

É por isso que, desde cedo, precisamos construir caminhos que nos façam ir em busca do envelhecimento ativo, capaz de culminar com a senescência, que é o envelhecimento bem-sucedido, sem doenças graves capazes de comprometer a qualidade de vida.

Diante desse contexto, aproveito para falar um pouquinho sobre o 6º Congresso Norte-Nordeste de Geriatria e Gerontologia, realizado de 27 a 30 de julho no Hotel Armação, em Porto de Galinhas, na cidade de Ipojuca.

A conferência de abertura traz uma ideia otimista do envelhecimento. A palestra será ministrada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia/Regional Pernambuco (SBGG/PE), Daniel Kitner, que está à frente do evento, cujo público-alvo não se restringe a médicos.

Podem participar estudantes de graduação e profissionais de qualquer área do conhecimento interessados nessa área. A expectativa é reunir cerca de 800 profissionais vinculados ao estudo do envelhecimento humano.

No rol dos especialistas convidados, estão nomes de peso do cenário nacional, como o geriatra Wilson Jacob Filho, professor da Universidade de São Paulo (USP) e um dos papas do envelhecimento ativo. Destaque ainda para a presença do doutor em gerontologia Paulo Renato Canineu e também do coordenador do centro de doenças de Alzheimer e desordens mentais do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ), Jerson Laks.

Fazem parte da programação discussões voltadas para um envelhecer acompanhado de enfermidades que podem ser controladas. Ao seguir esse raciocínio, especialistas garantem que a autonomia pode ser preservada mesmo quando o processo de envelhecimento desponta com algum transtorno de saúde.

Na mesa-redonda dedicada à doença de Alzheimer, por exemplo, os palestrantes prometem deixar claro que o papel do cuidar é importante para que o paciente e a família não enfrentem o distúrbio de uma forma penosa. Em relação a demais temas médicos, vale destacar também palestras sobre Parkinson, osteoporose, comprometimento cognitivo leve, hipertensão e depressão, além de patologias que merecem um olhar exclusivo no envelhecimento.

Já os tópicos interdisciplinares, que não se limitam só à medicina, formam mais uma vertente que enriquece as discussões. Fazem parte dessa lista questões sobre violência contra a pessoa idosa, exercício físico, terapia ocupacional e instituições de longa permanência para idosos (ILPIs).

* Saiba mais sobre o congresso: www.gerontoporto.com.br.