Estudo revela que, para os homens, é mais fácil cuidar do carro do que da saúde

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 29/06/2011 às 0:30

O resultado de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, por iniciativa da Men's Health Network (Rede de Saúde do Homem do país) e da farmacêutica Abbott, não surpreende muita gente: 70% dos 501 homens entrevistados, de 45 a 65 anos, consideram mais fácil cuidar do carro do que da própria saúde.

O estudo foi divulgado neste mês de junho, dedicado anualmente a campanhas de saúde do homem, nos Estados Unidos.

Além disso, mais de 40% entrevistados declararam ser mais fácil resolver problemas do carro do que questões associadas à saúde.

Por isso, grande parte dos participantes da pesquisa ignora sintomas de determinas condições do organismo e reluta em procurar um médico. A pesquisa também revelou que 28% dos homens não procuram o médico com regularidade.

A pesquisa faz parte de uma campanha nacional realizada nos Estados Unidos, durante o mês de junho, chamada de T-Talk Tune-Up. A iniciativa é organizada pela Men's Health Network e a Abbott, com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre as questões relacionadas ao bem-estar masculino. E Terry Labonte, um campeão das corridas automobilísticas Nascar, é um dos porta-vozes da ação.

"Para muitos homens, levar o carro para uma revisão é mais fácil do que marcar um check-up ou uma consulta médica", afirma Labonte. "Com a ajuda da minha esposa, consegui começar a pensar sobre o meu corpo e minha saúde da mesma forma que me preocupo com meu carro. Com isso, marquei uma consulta médica e realizei alguns exames para manter meu corpo saudável", complementa o campeão.

O urologista Harry Fisch, especialista norte-americano em saúde do homem e um dos coordenadores da pesquisa, recomenda que os homens conversem com seus médicos sobre cinco exames que devem ser realizados regularmente: testículos, próstata, colesterol, testosterona e pressão arterial.

"É importante agendar check-up anual porque alguns homens podem não reconhecer os sintomas de muitas doenças tratáveis, como o baixo índice de testosterona", finaliza Fisch, que é professor de medicina clínica do Hospital Presbiteriano de Nova Iorque/Escola de Medicina de Cornell.