Com baixa produtividade, mamógrafos do SUS são bem avaliados por usuárias

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 29/06/2011 às 0:10

Em abril deste ano, o Casa Saudável publicou post sobre auditoria dos mamógrafos do Sistema Único de Saúde. O objetivo da investigação foi verificar a produção desses equipamentos para tornar o funcionamento deles mais eficiente.

Eis o resultado: os 1.514 mamógrafos que realizam exames de mama pelo SUS, dos quais 85% estão em funcionamento, oferecem atendimento avaliado como bom ou muito bom por 91% das brasileiras.

A auditoria e a pesquisa de satisfação, ambas inéditas, foram realizadas pelo Ministério da Saúde (MS) em todos os 1.399 estabelecimentos de saúde que fazem mamografias no País.

A vistoria, coordenada pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), foi adotada como parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, lançado em março. Com investimentos do MS de R$ 4,5 bilhões até 2014, o programa busca reduzir a mortalidade entre os dois tipos de cânceres mais comuns entre as mulheres.

A auditoria apontou que o número de mamógrafos existentes no SUS são quase duas vezes mais que o necessário para cobrir toda a população brasileira, conforme parâmetro do Instituto Nacional do Câncer (Inca) de um aparelho para cada 240 mil habitantes.

DISTRIBUIÇÃO INADEQUADA - Apesar do resultado positivo, a auditoria revelou que a distribuição geográfica (44% dos mamógrafos estão no Sudeste) e o baixo nível de produtividade são entraves à plena oferta do exame. Entre os 15% sem uso, 111 não prestavam atendimento, 85 apresentavam defeito e 27 estavam ainda na embalagem.

Além disso, os auditores identificaram que 28% dos estabelecimentos do SUS não mantinham dados atualizados junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Para corrigir distorções, o MS, em parceria com Estados e municípios, instalará mamógrafos e criará unidades móveis, que atenderão cidades menores de maneira itinerante. Outras estratégias a serem adotadas serão a compra de pacotes de fornecimento de insumos vinculados à assistência técnica para apoiar principalmente os estados do Norte e do Nordeste e a capacitação de 25 mil técnicos em radiologia até 2015 para a operação dos equipamentos.

* Fonte: Secom - Presidência da República