Pesquisa recente, feita com 63 grupos de adolescentes que participaram da oficina interativa Vale Sonhar, na instalação Prevenindo a Gravidez Juvenil, no espaço Catavento Cultural e Educacional (SP), mostra que 37% dos participantes (entre 13 e 18 anos) não conhecem as situações de riscos para contrair uma doença sexualmente transmissível (DST).
O levantamento foi feito pelo Instituto Kaplan. "Esse percentual demonstra a vulnerabilidade dos jovens. Quando falamos de DST, a primeira relação que esses adolescentes fazem é com a aids. Eles desconhecem as outras doenças que podem aumentar, inclusive, as chances de se infectar pelo HIV", ressalta a coordenadora da pesquisa e do projeto Vale Sonhar, Camila Macedo Guastaferro.
O estudo foi realizado com 1.149 adolescentes - destes, 54% do sexo feminino. Entre o universo pesquisado, 97% apresentaram conhecimento sobre o que é a sigla DST e 100% conheciam a sigla aids. Isso mostra o impacto positivo das campanhas como fator de divulgação do conhecimento em saúde.
As DSTs mais citadas foram HIV/aids, gonorreia, sífilis, HPV e herpes. E 84% dos jovens disseram que as informações foram dadas pelo professor, na escola. Só 11% tiveram conhecimento das DST em casa, com os pais.
Do total pesquisado, 16% disseram ter acesso às informações por revistas e jornais. Já 9% alegaram ter conhecimento pela internet, 5% pelas unidades básicas de saúde e 4% através dos amigos.
"A informação passada pelo professor é importantíssima para a prevenção de DSTs e da gravidez na adolescência. O ambiente escolar e uma metodologia adequada quebram tabus e proporcionam a oportunidade do jovem lidar com a temática de modo natural", diz a diretora do Instituto Kaplan, Maria Helena Vilela.
Ela alerta ainda que os pais devem intensificar o diálogo em casa, a fim de o adolescente ter todas as condições de se prevenir de uma gestação fora de hora ou de adquirir uma DST.
