Palestra no Recife destrói mitos do câncer de próstata

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 11/05/2011 às 0:05

O ano de 2010 fechou com mais de 50 mil casos novos de câncer de próstata no Brasil. Isso corresponde a 54 casos novos a cada 100 mil homens. Na Região Centro-Oeste (48/100 mil), esse tipo de neoplasia é o mais incidente entre os homens. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, é o mais frequente nas regiões Sul (69/100 mil), Sudeste (62/100 mil), Nordeste (44/100 mil) e Norte (24/100 mil).

Para os homens, é extremamente importante conhecer detalhes sobre a doença, que será mote de palestra ministrada amanhã (12/5), às 18h45, pelo urologista Carlos Bayma, na Livraria Jaqueira, no Recife. O evento terá como foco os mitos e as verdades relacionados ao câncer de próstata.

Diante desse assunto, Carlos Bayma informa que, entre os principais mitos estão a falsa ideia de que uma doença venérea (aquela que se contrai durante a relação sexual) manifestada na juventude aumenta o risco de cancer de próstata. Ainda é contrário à realidade é o relato de que a próstata grande (muito crescida) oferece um maior risco de desenvolvimento do tumor.

Mas também há verdades que precisam ser conhecidas. Eis algumas: "Em geral, quanto mais cedo o câncer de próstata aparece, maior será a sua agressividade. E a história familiar é um fator que pesa diante desse tipo de neoplasia", diz Carlos Bayma.?

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) informa que a alimentação inadequada tem sido apontada em alguns estudos como fator importante na causa desse câncer. Ou seja, uma dieta baseada em gordura animal e carne vermelha tem sido associada ao aumento no risco de desenvolvimento do câncer de próstata.

Já uma dieta rica em vegetais, selênio, vitaminas D e E, licopeno e ômega-3 (gordura do bem encontrada em peixes como o salmão e a sardinha) tem indicado proteção para o desenvolvimento dessa neoplasia. Além do mais, uma porção de pesquisas apontam a obesidade como fator de risco para a mortalidade por câncer de próstata.

É bom informar que os métodos de rastreamento disponíveis atualmente, como a dosagem sanguínea do PSA (sigla, em inglês, para antígeno prostático específico), não mostraram, até o momento, sucesso em reduzir a mortalidade. De qualquer maneira, apenas uma boa conversa com um urologista é capaz de informar o paciente sobre a doença. Só um médico também é capaz de solicitar exames precisos para fechar um diagnóstico.

Serviço:

- Palestra Câncer de próstata: mitos e verdades, ministrada por Carlos Bayma

- Dia e hora: 12 de maio, a partir das 18h45

- Endereço: Livraria Jaqueira - Rua Antenor Navarro, 138 Jaqueira - Recife/PE

- Informações e inscrições: 81 3265-9455/ [email protected]