Não dê bobeira diante da cistite. Procure um nefrologista sem pestanejar

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 27/04/2011 às 14:30

Quando sentimos ardência, queimação, dor ao urinar e aumento da frequência urinária, o nosso corpo acende uma luz vermelha. Afinal, esses sinais geralmente indicam uma inflamação na bexiga, conhecida como cistite ou infecção urinária. Homens, mulheres e crianças estão sujeitos ao problema, que realmente é mais prevalente entre o sexo feminino por causa da anatomia da uretra.

"Estima-se que uma em cada duas mulheres terá ou teve um episódio de cistite durante a vida", alerta a nefrologista Ângela Santos, diretora da Unidade Nefrológica - Uninefron. De acordo com ela, a doença é normalmente causada por bactérias que invadem a uretra e a bexiga, principalmente a Escherichia coli - presente na flora intestinal e importante para a digestão, mas maléfica para o trato urinário.

"As mulheres são mais suscetíveis do que os homens porque a uretra feminina é mais curta, promovendo uma distância menor para as bactérias percorrerem", garante Ângela. Além disso, nas mulheres, o ânus e as aberturas externas da uretra e da vagina são muito próximas, fazendo com que as bactérias migrem facilmente de uma região para a outra.

Bom saber que existem várias maneiras de prevenir a cistite. "São atitudes simples, mas que podem ajudar a evitar a doença, como ingerir muito líquido, urinar com frequência e evitar reter o xixi", alerta a médica. Ela também informa que é importante urinar após relações sexuais, redobrar os cuidados com a higiene pessoal e utilizar o papel higiênico no sentido de frente para trás depois de evacuar, além de evitar roupas íntimas justas ou que retenham calor e umidade, pois facilitam a proliferação de bactérias.

Segundo Ângela Santos, o tratamento da cistite é feito com o uso de antibióticos ou quimioterápicos. A indicação terapêutica dependerá do tipo de bactéria e da sensibilidade antimicrobiana encontrada na urina a partir de exames laboratoriais. A médica ainda alerta para a importância da procura imediata de um nefrologista diante dos sintomas. É esse especialista que também faz um acompanhamento criterioso do tratamento.