Reflexão sobre menopausa e hipertensão arterial

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 26/04/2011 às 0:25

Neste Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão (26/4), vale lembrar que estudos mostram que, a partir dos 65 anos, a incidência da pressão alta entre a população feminina pode superar a ocorrência entre os homens, o que tende a colocar as mulheres em um risco maior de sofrer um infarto ou um acidente vascular cerebral. 

O fato dessa incidência ser menor em mulheres na idade reprodutiva e tornar-se similar à do homem após a menopausa levantou a possibilidade de que o hormônio feminino estrógeno fosse protetor para eventos cardiovasculares.

Segundo um estudo feito com mais de 9 mil pacientes em 11 países, recentemente publicado no Hypertension: Journal of the American Heart Association, a redução da pressão arterial em mulheres pode ter um impacto significativo na prevenção de eventos cardiovasculares.

Estima-se que, até os 45 anos, a hipertensão seja mais frequente em homens do que em mulheres. Entre 45 e 64 anos, a incidência é similar em ambos os sexos. No entanto, após os 65 anos, a porcentagem de mulheres hipertensas ultrapassa a dos homens. Apesar disso, grande parte delas não é diagnosticada ou tratada corretamente.

"Após entrar na menopausa, a mulher fica mais propensa a ter pressão alta, pois perde as proteções hormonais. Sem estrógeno e progesterona, o risco para doenças cardiovasculares aumenta", explica o médico nefrologista Osvaldo Kohlmann Júnior, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e especialista no tratamento da hipertensão.

Importante reforçar que a pressão descontrolada causa uma série de consequências no organismo, entre elas o maior risco de infarto ou acidente vascular cerebral, impotência sexual, insuficiências cardíaca e renal.

"Com a pressão acima de 160 por 100, provavelmente só as medidas de estilo de vida não são suficientes, sendo necessário o uso de medicamentos", afirma Kohlmann. Muitas vezes, mesmo adotando hábitos saudáveis, o paciente precisa seguir um tratamento farmacológico para controlar a doença.

As medicações mais modernas, quando prescritas corretamente por um médico, não apresentam efeitos colaterais significativos e protegem os órgãos vitais contra os efeitos da hipertensão. Nos estágios mais avançados da doença, pode ser necessária a utilização de dois ou mais medicamentos associados.

* Com informações da Agência Ideal, assessoria de imprensa da AstraZeneca

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