Sim, é tempo de degustarmos chocolate. Só não vamos exagerar

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 19/04/2011 às 1:17

O chocolate é uma iguaria que conquista o paladar de crianças a idosos, principalmente nesta temporada de Páscoa. Mas é sempre bom degustar a guloseima na dose certa. O ideal, conforme explica a nutricionista Karla Conolly, do Hospital Jayme da Fonte, no Recife, é ingerir o chocolate de forma moderada e ocasional.

O produto, vale frisar, deve entrar na dieta como complemento de uma alimentação balanceada em calorias e rica em nutrientes. Ultrapassar os limites, apesar dos benefícios que o produto oferece, pode acrescentar elevada quantidade de calorias ao organismo, além de ser um estopim para o desenvolvimento de problemas como colesterol alto. 

"Pode-se comer o chocolate no lugar da sobremesa e evitar ingeri-lo antes das refeições, pois ele pode reduzir o apetite e fazer com sejam deixados de lado alimentos importantes para uma refeição equilibrada", diz Karla.

De qualquer maneira, vale informar que estudos recentes demonstram como um quadradinho pequeno de chocolate amargo, com 70% cacau, pode diminuir o apetite quando ingerido meia hora antes da refeição e, dessa maneira, ajudar no processo de emagrecimento.

Os pontos positivos oferecidos pelo consumo equilibrado da guloseima incluem a sensação de prazer, a promoção do bem-estar e o alívio da tensão do dia a dia. Os responsáveis pelo leque de vantagens são os antioxidantes - substâncias que atuam no cérebro junto às emoções.

Entre elas, está o flavonoide, presente na semente do cacau e que age como protetor cardiovascular. Quando absorvido, ajuda na redução da formação de placas de gordura, diminui a oxidação do colesterol ruim, melhora o fluxo sanguíneo e o controle da pressão arterial, beneficiando o funcionamento do coração. É bom dizer que essas vantagens podem ser obtidas com o consumo equilibrado das versões amargas.

(Clique aqui e leia o que o Casa Saudável já publicou sobre chocolate amargo)

"Embora sejam comprovados os benefícios do chocolate para as doenças cardiovasculares, é importante ressaltar que o consumo deve ser em pequenas quantidades, pois o chocolate contém gordura saturada, açúcar e cacau. Esses itens, em excesso, podem trazer efeitos nocivos à saúde", afirma o cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, Daniel Magnoni.

Também do HCor, a nutricionista Camila Ragne Torreglosa lembra que se trata de um alimento calórico por ser rico em gordura e carboidrato. Além disso, algumas versões têm castanhas, avelã, amendoim e recheios diversos, o que acrescenta calorias ao produto. "O consumo de chocolate dependerá do valor calórico total da dieta. Em geral, uma ingestão moderada de 30 gramas, o que equivale a uma barra pequena, pode ser aceitável por dia", diz a nutricionista.

No rol dos efeitos negativos do consumo exagerado da iguaria, podem ser destacados gastroenterite (inflamação do estômago e do intestino), dores de cabeça, alergias e até a exacerbação da tensão pré-menstrual. Esses males podem se apresentar de formas diferentes em cada organismo, bem como variar conforme a quantidade ingerida do produto. Para maiores esclarecimentos, não deixe de consultar um médico ou um nutricionista.

* Com informações da Brava Comunicação (assessoria do Jayme da Fonte) e da Target Consultoria em Comunicação Empresarial (assessoria do HCor)