Estenose aórtica: uma das doenças cardiovasculares que atingem idosos

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 15/04/2011 às 14:00

Infarto, insuficiência e arritmia cardíacas são três problemas de saúde que podem ser fatais e estão entre os mais conhecidos quando o assunto é doença cardiovascular. Ao lado dessas enfermidades, a estenose aórtica também preocupa.

Trata-se de uma patologia que se manifesta por causa do estreitamento da válvula aórtica, o que reduz significativamente o sangue arterial bombeado para o corpo e sobrecarrega o coração.

A doença, que pode ser congênita, reumática (infecção subtratada) ou degenerativa, é tema de simpósio durante o Global summit on innovations in interventions (Encontro global de inovações em intervenções cirúrgicas cardiovasculares), evento que termina hoje (15/4) , no Sheraton WTC, em São Paulo.

Mais de 30 países estão representados por aproximadamente 700 profissionais da área de cardiologia mundialmente renomados. 

A estenose aórtica, quando é degenerativa, geralmente incide a partir de 65 anos. A maioria dessas pessoas não tem condições de suportar uma cirurgia convencional. A partir daí, a alternativa é a utilização de técnicas por abordagem percutânea (através de cateter), que consiste na passagem de um fio-guia através da artéria femoral (transfemoral) ou pela ponta inferior (ápice) do coração (transapical). 

No Brasil, mais de 600 mil pessoas sofrem da doença. Destes, um terço não foi encaminhado para a cirurgia de troca da válvula. Subtratados à base de medicamentos, aproximadamente 40% desses pacientes apresentam outros problemas como doenças graves de fígado, rim e pulmão, que podem levar à morte em até um ano.

O cirurgião cardiovascular Marco Antonio Praça Oliveira, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, aponta um fenômeno que não deve ser menosprezado. "Com o desenvolvimento dos tratamentos médicos e da alta tecnologia nos métodos de diagnósticos, a expectativa de vida da população está cada vez maior e, com isso, a incidência da estenose aórtica degenerativa também tende e aumentar", ressalta o médico. 

Sintomas e diagnóstico

Os sinais mais comuns da estenose aórtica (fatal em 25% dos casos, se não houver tratamento) são dor no peito, fadiga, falta de ar, vertigem ou dificuldade ao fazer exercício. Por se tratar de um problema mecânico, não há método preventivo. O diagnóstico precoce é fundamental para o planejamento do tratamento e pode ser confirmado através de um ecocardiograma.

* Com informações da Tino – Projetos em Comunicação