O Canal Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), deixou de ser um veículo de comunicação meramente virtual para se transformar em uma emissora de TV. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, inaugurou oficialmente na última terça-feira (21/12) a TV Canal Saúde, que pode ser sintonizada por antenas parabólicas em todo o País.
Um acordo do Ministério da Saúde com a Oi TV também permitirá que o canal seja sintonizado através dessa operadora por conselhos municipais e estaduais de Saúde, a partir de 2011. O objetivo é facilitar o acesso da população à programação, que inclui, por exemplo, orientações sobre prevenção a doenças e promoção da saúde.
Nesta terça-feira, foram assinados um acordo de cooperação entre os ministérios da Saúde, da Educação, da Ciência e Tecnologia e da Cultura, nomeando o Canal Saúde gestor da faixa dedicada à área da saúde na TV digital pública, além de duas portarias. Em uma delas, consta que o Canal Saúde representará o Ministério da Saúde nos comitês de programação e gestão da TV digital. A outra portaria formaliza o compromisso do Canal Saúde como responsável pelo canal da saúde na Oi TV.
"Esta ação inaugura uma nova era no campo da comunicação em saúde. E esta é, para mim, uma questão contemporânea e central no que diz respeito ao futuro do Sistema Único de Saúde (SUS): o campo da disseminação da informação", ressaltou o ministro. "A saúde recebe agora um grande estímulo, um espaço que leve mais informação aos profissionais e, não apenas a eles, mas à população."
A principal veiculação da nova emissora é através de antena parabólica digital. Outra forma de veiculação é um canal exclusivo na Oi TV. A operadora de TV por assinatura deve doar mais de cinco mil kits de recepção (antena da Oi, receptor digital e aparelho de televisão) aos conselhos municipais e estaduais de saúde, o que facilita o acesso à programação do Canal Saúde.
Durante 16 anos, o Canal Saúde funcionou como um canal virtual. Ao se transformar em uma emissora de televisão, passa a gerenciar um canal próprio, inicialmente, com 12 horas de programação ininterrupta, das 9h às 21h. O investimento do Ministério da Saúde e da Fiocruz para transformá-lo em emissora de TV foi de R$ 5,9 milhões.
"É uma emissora que nasce, com certeza, pelo tamanho do SUS. O Sistema Único merecia um canal de saúde", reforçou o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Antonio Alves.
* Com informações do Ministério da Saúde