Teste do olhinho tem um valor imenso

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 28/10/2010 às 18:45

Você sabia que o ano de 2020 foi estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como marco para a erradicação da cegueira por causas evitáveis? Segundo dados da organização, cerca de 80% de todos os casos de cegueira no mundo poderiam ter sido evitados ou tratados.

E uma das formas de se combater o problema é a realização do teste do reflexo vermelho (TRV), popularmente conhecido como teste do olhinho.

Feito em recém-nascidos ainda na maternidade após o nascimento, ele pode detectar doenças graves como catarata e glaucoma congênitos, infecções, inflamações, tumores intraoculares ou retinopatia da prematuridade.

Quando esses problemas são descobertos cedo, existe a chance do tratamento precoce. A triste notícia é que muitos profissionais ainda desconhecem o teste ou não estão capacitados para realizá-lo.

“O teste é de extrema importância, e o que se constata é que falta informação a esses profissionais”, alerta a oftalmologista Célia Nakanami, do departamento de oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

De qualquer maneira, o TRV é um exame simples e rápido. Realizado com o auxílio de um oftalmoscópio direto que emite uma luz que irá transpor os meios transparentes do olho refletindo a coloração da retina, o teste deveria se constituir num procedimento de rotina no período neonatal, pois permite avaliar a opacidade do cristalino.

É importante que esse exame seja feito nos recém-nascidos porque a visão é uma das principais fontes de estímulo ao desenvolvimento físico e cognitivo a partir dos primeiros momentos de vida.