Bipolaridade: um transtorno que pode dar as caras na adolescência

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 22/09/2010 às 16:06

A editora Novo Século acaba de lançar o livro Adolescente bipolar: o que você pode fazer para ajudar seu filho e sua família (400 páginas, R$ 44,90). Escrita pelo PhD David Miklowitz e pela também PhD Elisabeth George, a publicação fornece instrumentos que podem ser usados para as pessoas administrarem a vida familiar, principalmente no que se refere à esfera mental.

Antes de continuar falando sobre a obra, preciso explicar o que é transtorno bipolar, que antigamente era designado como doença maníaco-depressiva. Hoje, sabe-se é um distúrbio cerebral que causa oscilações fora do comum no humor, energia e na capacidade de funcionamento de uma pessoa.

Diferentemente dos altos e baixos normais por que passam todas as pessoas, os sintomas do transtorno bipolar são graves. Eles podem ocasionar danos aos relacionamentos, desempenho insuficiente no trabalho ou na escola e até mesmo suicídio. A boa notícia é que o transtorno bipolar pode ser tratado e, dessa maneira, as pessoas portadoras desse transtorno podem levar uma vida normal e produtiva.

É exatamente esse recado que o livro de David Miklowitz e Elisabeth George tenta passar. Ao ler a publicação, é possível aprender a discriminar as diferenças entre o comportamento do adolescente normal e os sintomas da mania e da depressão. Com a ajuda dos médicos dos filhos, os pais podem alcançar um equilíbrio saudável entre medicação e psicoterapia, reconhecer e responder aos primeiros sinais de alerta de um episódio que se aproxima e colaborar efetivamente com os professorres.

Além disso, o livro fornece modos práticos para administrar o caos e aliviar o humor para que todos na família (inclusive os outros filhos sem o transtorno mental) possam ter estabilidade, apoio e paz mental.

Ao fazer uma síntese superbreve da publicação, podemos dizer que, para os pais ajudarem seus filhos portadores de bipolaridade, é preciso obter um diagnóstico preciso, encontrar os medicamentos e terapia certos, prever (e administrar) as oscilações de estados de humor e identificar quando o distúrbio bipolar fala mais alto do que o comportamento habitual do adolescente. Isso tudo ajudará a família a recuperar a paz no lar e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos filhos que convivem com o transtorno.

Você sabia que...

...mais de dois milhões de adultos americanos (ou cerca de 1% da população de 18 anos ou mais), num ano qualquer, apresentam o transtorno bipolar?

...esse transtorno se manifesta tipicamente no fim da adolescência ou início da idade adulta? Entretanto, algumas pessoas têm seus primeiros sintomas durante a infância e outras apresentam os sinais mais tardiamente. Muitas vezes, esse quadro não é conhecido como um problema de saúde, o que faz as portadores levarem muito tempo para ter o distúrbio corretamente diagnosticado e tratado.

...assim como a diabete e doenças cardíacas, o transtorno bipolar é uma doença de duração longa, que precisa ser controlada cuidadosamente durante toda a vida do portador?

Você quer saber mais sobre transtorno bipolar? Clique aqui para ir diretamente a uma página do site da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) com detalhes sobre o assunto.

* Quem eu acho que vai gostar desta leitura: pais que têm filho com transtorno bipolar, estudantes de medicina e psicologia, residentes de psiquiatria, psiquiatras, psicólogos e qualquer pessoa interessada em manter a saúde mental em equilíbrio